Compulsório é isso
Mais uma vez o lanchinho da tarde entre bolo de fubá, chá mate, queijo e muita conversa fiada com mãe,primos e tia,foi altamente satisfatório. É engraçado como a conversa vai variando, se enredando em laços, até que o fio da meada inicial se perde no emaranhado...( Minha amiga Maria Olímpia descreveu essa cena num texto lindo que postou aqui no Recanto. E eu lembrei dele quando abordamos esse tema). Dentre os muitos laços, um que achei interessante foi o papo de pai que prefere deixar o emprego pra não ter que pagar pensão para o ou os filhos. Os caras acham que a pensão é pra mulher gastar com purpurina e não para o bem estar dos filhos. Minha mãe, sempre calma e ponderada se inflamou contra o fato noticiado de uma avó que foi presa porque não pagou a pensão no lugar do filho. E realmente é uma barbaridade uma pessoa em idade avançada, tendo que contar as moedas, guardando aqui e ali para que a grana não se acabe antes da hora e se ver de uma hora pra outra intimada diante de um juiz a uma despesa que não foi ela quem gozou, digo, gerou. A pena deve sempre caber ao pai que, voluntária ou compulsoriamente deve arcar com a responsabilidade. E eu encontrei a solução perfeita depois que minha prima relatou o seguinte fato acontecido com uma amiga: Letícia decidiu pedir judicialmente pensão para o filho e, levou como testemunha de que já estava separada fazia dez anos, a minha prima, que disse ao juiz que era a primeira vez em dez anos de convívio, que via o ex marido da amiga, ali, na audiência. O juiz então perguntou ao ex marido quanto ele ganhava.
- Estou desempregado
- E como faz para sobreviver?
- Tenho uma namorada e uma mãe. Elas me sustentam.
- E quanto é isso em Reais?
- Não sei. Um pouco de uma e um pouco de outra.
- Então o senhor vai fazer o seguinte: tira trinta por cento do que ganha da sua mãe e outro tanto do que ganha da namorada e deposite para seu filho.
- Não dá, Doutor Juiz. Não é ganho fixo e é a mó mixaria. As duas são a mó mão de vaca.
E foi aí que me veio a idéia luminosa. Sabemos que os detentos no Brasil recebem em torno de quatrocentos e trinta reais mensais, para a manutenção da família lá fora. Ora, bolas, é só prender o sonegador de pensão até que o filho ou filhos completem a maioridade. E sem direito à liberdade condicional. Ele vai receber o salário de detento que vai para a mãe dos pimpolhos. E aí, sugiro aos filhos do calhorda, que fiquem estudando pois a pensão fica garantida até os vinte e cinco anos e o sacripanta fica mais tempo engaiolado, refletindo. Senhores Juízes, advogados e afins, podem se apropriar da idéia, não tenham pudor, mas salvem as santas velhinhas desses filhos da outra. Os Senhores dePUTados e ou os Senhores sonegadores, digo, SenATORES, digo, Senadores ( esse teclado...) também podem ROUBAR a idéia. Vai enriquecer o currículo mas também vai favorecer a Nação..