Crônica da Vida...
Uma tarde adormece sobre os olhos de um olhar atento, que não sabe por onde sua vida balança. Entre as noites mais frias resta ao tempo esperança, para acreditar que pode chegar ao amanhã, que não tem escolha, pois a sua pior sina é passar, não poder voltar se o que resta a ele é a sombra de chegar, para alguns chega seu destino; para outros o mesmo caminho nas sombras frias de uma lua que ele irá conhecer, alguns expressam em palavras; outros cantam em uma praça, nos dias quentes que a vida escreve sem querer.
Se o destino voltasse como seria? Seria ao menos a vida ou as memórias perdidas ganhariam à vida que deixamos para trás, o nosso primeiro amor, aquele que o tempo nunca levou nas horas frias que olhamos para o mar, o tempo anda, não para nem descansa, nem dorme nas ruas que deixam alguns na estrada.
Peço ao destino um tempo menos passageiro, sem fim nem começo, para que um dia eu possa encontrar os velhos amigos: os que se foram, os que ainda estão comigo... Que saudade das brincadeiras, das horas frias que cantava na mesa sem compromisso, sem deixar a vida me controlar.
A ruptura mais dura de um ser são às horas mais vazias da nossa efêmera vida que acreditamos que vamos chegar a algum lugar destinado, se ao menos a vida nos respondesse algumas simples questões: O por que de estamos aqui.Quem nasceu primeiro,o ovo ou a galinha.Nossa vida não seria mais fácil?
Olhamos sempre para pontos ritmados desse destino naufragado que a gente escreve sem saber, se a vida ao menos durasse, se é o que mais queremos, não sejamos tolos em dizer quem nunca se perguntou essas coisas.
Depois de muitas respostas temos a mais tensa escolha a única que respondemos sem ao menos escolhermos o ponto alto da vida que é a nossa morte,essa nós ao menos escolhemos, somos levados para um plano que nunca escolhemos, mais em uma hora imprecisa descobrimos que não somos levados à morte.
Poucos podem ler as minhas palavras depois daqui, alguns podem tentar entender o que acreditam, se ao menos as escolhas lhe restassem em respostas de suas indagações, fica aqui a seguinte premissa das respostas, que aparentemente confunde-se com a nossa escolha, o que queremos? entender a vida?, ou que a vida nos entenda...