DESCONJUNTADA

Me dá sua mão, estou com medo. Faz frio aqui, tremo. Ta escuro! Onde está a luz? Sim, te sigo. Lógico, confio em você. Te amo, posso dizer? Ta bom não é a hora. Mas terá uma hora? Ok, sou ansiosa, vou aprender a respirar. Sim, vou aprender, farei força. Estou quieta, pronto. Vou continuar a andar. Meus joelhos doem. Não, não vou começar a reclamar, mas deu uma câimbra estranha na batata da perna. Adoro suas mãos no meu corpo. Não para, por favor. Me dá um beijo. Adoro teu beijo. Minhas pernas ficaram bambas. Sua língua me arrepia. Gosto quando seus dedos não se controlam e testam meu sexo. Não saia mais, por favor. De alguma forma te quero dentro de mim, para sempre. Não para... tá bem, vamos continuar. Sozinha? Jamais! Sem você meus pés engessam. Sim, tenho medo de seguir sem tua mão. Sou forte, mas sem você não tem sentido seguir. Pronto, meu coração acelerou. Não me deixe sozinha. Fica mais um pouco, não sou corajosa sem você. Vou implorar para você ficar até ficar uma chata insuportável. Sim, consigo ser muito chata, você sabe. Você tem medo? De mim? Para... não faça isso. Eu te protejo. Como? Não sei, talvez eu tenha asas. Vou te apertar contra meu peito até te sufocar. Confia em mim. Não, não vá. Porque? Posso dizer agora? Te amo. Sim, é verdade. Não sei se você me ama mais que eu te amo, mas porque medir? Amor não se mede querido. Olha para mim, to entregue a você. De joelhos para te dizer que sem você não faz o menor sentido continuar a andar. Me leva onde você quiser. Promete que lutará por mim? Acredito em você. Posso acreditar? Nunca te esquecerei, você está dentro de mim como uma tatuagem. Não sai nunca. Não me olha assim... dá vontade de chorar. Você sempre me faz chorar. Tenho medo de não ter suas mãos no meu caminho. Não me solta. Vou ser repetitiva, você pode me odiar um dia. Sério? Me ama mesmo assim? Duvido! Amanha? Não sei. O que é amanha? O tempo é cruel e bom, mas não sei se ele está do meu lado. Tenho medo dele. Porque? Porque te amo. Fica...”