CARA ARRANHADA E OLHINHOS ASSUSTADOS
Aqui estou sem novidades externas, mas internas até que sim. Cada dia é um dia atrás do sim sem medo do não. Sabe quando você consegue a hora de fazer acontecer ou de esquecer? Assim são os dias alegres que independem dos tristes. Mas hoje é um dia comum daqueles em que mesmo numa cidade pequena um carro atropela crianças.
Sim! E você vê lá uma criança deitadinha no chão com a face do rosto toda arranhada. Uma mulher de pé ao lado do carro com nervosismo a flor da pele enquanto fala ao celular e a ambulância já está chegando. A bicicleta toda entortada perto do carro.
- Quem está com a criança? E outra criança responde:
- Eu! Eu que estava mais ela sentada no guidão. Mas eu não machuquei!
A menina se sentia uma heroína do acidente mesmo com a carinha de medo daqueles estranhos todos as rodeando.
Onde será que andava a mãe delas? Não eram irmãs! Deviam ser vizinhas, coleguinhas. Uma moreninha clarinha e outra loirinha. Com tantos adultos lá vigiando as crianças e a mulher envolvida no acidente, eu não tinha mais o que fazer lá. Assisti a ambulância chegando e fui embora cuidar da minha vida. Com peninha das crianças e da motorista do carro. Com peninhas de todos.
Não queria estar no lugar da jovem mulher e seus sentimentos de culpa e nervosismo. Mas para quem não assistiu a cena do acidente acontecendo, uma coisa era certa: Aquela bicicleta era grande demais para aquelas crianças. Talvez fosse a primeira vez que elas estavam andando numa bicicleta tão grande e aquela avenida era uma avenida de carros velozes. As mães daquelas crianças deveriam estar trabalhando e nem em sonhos deveriam imaginar que a filhinha estava ali atiradinha no chão com a cara arranhada e os olhinhos assustados. Deve ter sido uma batida leve. Mas a bicicleta ia precisar de outra e a menininha que foi lançada ao chão o médico é que iria dizer.
Continuei com pena da mulher! Com pena das crianças que ficam soltas na rua expostas a estes pequenos acidentes. Mas foi virando numa esquina. As vítimas da bicicleta deviam estar todinhas erradinhas.Tadinhas! Pedalando uma grande bicicleta em primeira viagem. Aquilo sim era uma grande arte numa avenida perigosa daquela!
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1784318
Aqui estou sem novidades externas, mas internas até que sim. Cada dia é um dia atrás do sim sem medo do não. Sabe quando você consegue a hora de fazer acontecer ou de esquecer? Assim são os dias alegres que independem dos tristes. Mas hoje é um dia comum daqueles em que mesmo numa cidade pequena um carro atropela crianças.
Sim! E você vê lá uma criança deitadinha no chão com a face do rosto toda arranhada. Uma mulher de pé ao lado do carro com nervosismo a flor da pele enquanto fala ao celular e a ambulância já está chegando. A bicicleta toda entortada perto do carro.
- Quem está com a criança? E outra criança responde:
- Eu! Eu que estava mais ela sentada no guidão. Mas eu não machuquei!
A menina se sentia uma heroína do acidente mesmo com a carinha de medo daqueles estranhos todos as rodeando.
Onde será que andava a mãe delas? Não eram irmãs! Deviam ser vizinhas, coleguinhas. Uma moreninha clarinha e outra loirinha. Com tantos adultos lá vigiando as crianças e a mulher envolvida no acidente, eu não tinha mais o que fazer lá. Assisti a ambulância chegando e fui embora cuidar da minha vida. Com peninha das crianças e da motorista do carro. Com peninhas de todos.
Não queria estar no lugar da jovem mulher e seus sentimentos de culpa e nervosismo. Mas para quem não assistiu a cena do acidente acontecendo, uma coisa era certa: Aquela bicicleta era grande demais para aquelas crianças. Talvez fosse a primeira vez que elas estavam andando numa bicicleta tão grande e aquela avenida era uma avenida de carros velozes. As mães daquelas crianças deveriam estar trabalhando e nem em sonhos deveriam imaginar que a filhinha estava ali atiradinha no chão com a cara arranhada e os olhinhos assustados. Deve ter sido uma batida leve. Mas a bicicleta ia precisar de outra e a menininha que foi lançada ao chão o médico é que iria dizer.
Continuei com pena da mulher! Com pena das crianças que ficam soltas na rua expostas a estes pequenos acidentes. Mas foi virando numa esquina. As vítimas da bicicleta deviam estar todinhas erradinhas.Tadinhas! Pedalando uma grande bicicleta em primeira viagem. Aquilo sim era uma grande arte numa avenida perigosa daquela!
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1784318