QUE COISA ADOLESCENTE!!!
Entraram no avião às pressas. Ela estava atrasada, como sempre! E o homem, que detestava voar, nervoso!
Acomodaram-se nas poltronas e assim que o serviço de bordo começou ele pediu conhaque!
Então o tempo parecia voltar. E a sensação de alegria a fez sentir nas nuvens!
Nas nuvens? Pois é! Ela riu. Era onde estava literalmente e não adiantava negar. Bastava olhar para ele e sentir a paixão de sempre...
Fazer o quê? Paixão crônica é assim mesmo!
Sua voz soava manhosa ao perguntar:
- Lembra amor? Amanhã completa doze anos!
O homem apenas murmurava entre um gole de conhaque e outro:
- Hum? O quê?
Ela não se aborreceu. Ninguém gosta de admitir suas fraquezas.
Entretanto ela se lembrava de todos os detalhes daquela viagem. O momento exato que a santa turbulência começou e aquele homem tão interessante ao seu lado, de repente, com medo de avião, segurou pela primeira vez a sua mão.
O mais estranho é que ela achou natural sentir o contato da pele dele. Suas mãos se entrelaçaram num gesto que lembrava um casal afinado há anos.
Não! Não pense que pareciam dois centenários com reumatismo!
Que nada! Depois de um gole de conhaque, aquele toque em sua blusa de cetim! Que coisa adolescente, James Dean!
E doze anos mais tarde lá estavam os dois. Novamente a bordo.
O homem, mais uma vez segurou sua mão. E para sua surpresa cantarolou baixinho, a música de Belchior: medo de avião.
Sim! Ele se lembrava! E pelo menos, para aquele casal, nunca houve mistério. O compositor permanecia ali, naquela letra que desenhava a mesma cena!
(*) Imagem: Google
(*) Frases em itálico: Medo de Avião - Belchior
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Entraram no avião às pressas. Ela estava atrasada, como sempre! E o homem, que detestava voar, nervoso!
Acomodaram-se nas poltronas e assim que o serviço de bordo começou ele pediu conhaque!
Então o tempo parecia voltar. E a sensação de alegria a fez sentir nas nuvens!
Nas nuvens? Pois é! Ela riu. Era onde estava literalmente e não adiantava negar. Bastava olhar para ele e sentir a paixão de sempre...
Fazer o quê? Paixão crônica é assim mesmo!
Sua voz soava manhosa ao perguntar:
- Lembra amor? Amanhã completa doze anos!
O homem apenas murmurava entre um gole de conhaque e outro:
- Hum? O quê?
Ela não se aborreceu. Ninguém gosta de admitir suas fraquezas.
Entretanto ela se lembrava de todos os detalhes daquela viagem. O momento exato que a santa turbulência começou e aquele homem tão interessante ao seu lado, de repente, com medo de avião, segurou pela primeira vez a sua mão.
O mais estranho é que ela achou natural sentir o contato da pele dele. Suas mãos se entrelaçaram num gesto que lembrava um casal afinado há anos.
Não! Não pense que pareciam dois centenários com reumatismo!
Que nada! Depois de um gole de conhaque, aquele toque em sua blusa de cetim! Que coisa adolescente, James Dean!
E doze anos mais tarde lá estavam os dois. Novamente a bordo.
O homem, mais uma vez segurou sua mão. E para sua surpresa cantarolou baixinho, a música de Belchior: medo de avião.
Sim! Ele se lembrava! E pelo menos, para aquele casal, nunca houve mistério. O compositor permanecia ali, naquela letra que desenhava a mesma cena!
(*) Imagem: Google
(*) Frases em itálico: Medo de Avião - Belchior
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