CONTRASTES
Conquistar é, sem dúvida, mais simples que reconquistar, com a conveniência de revelar o novo, o desconhecido e perfeito; com recato e leveza, absorvendo cada novidade. Ao passo que, o que se dá por gasto e sem sabor, como algo que esmaeceu no fator tempo e consumo, sem renovação nem transformação, vai-se da devoção à restrição; sentimento sem reservas; consumindo-se, esgotando-se, sem chances, ainda que remotas, dificultando assim a reconquista.
Tal qual peças de argila, que, nas mãos revelam formas delicadas ao manuseio, com perfeição e beleza, no entanto, se quebradas, ainda que, juntado aos cacos o primor da restauração, talvez, possa torná-las tão ou mais perfeitas que antes; mas, as cicatrizes, por mais cuidadosos que sejam os desvelos, denunciam a semipenumbra, a fragilidade, em sulcos indeléveis, transparentes nódoas, que denunciam a inabilidade no trato da incontestável perfeição.
Assim sendo, é coerente dizer que, numa relação, seja amorosa ou não, deve haver entusiasmo sempre, de maneira que, todos quantos se envolvam possam se beneficiar sem desgastes, pois apesar dos problemas e de todas as dificuldades, é notório que, a afinidade deve ter consistência e ressonância humana; e deve haver a concepção de que, tudo pode ser renovado e compreendido, para que nada sirva de empecilho na convivência. Sabendo-se que, tudo precisa ser compartilhado, nada deve ser considerado tão singular ao ponto de ser ignorado, pois, nem tudo é tão pequeno quanto se imagina, e nem tudo é tão grande quanto possa parecer.
by
Joana Rodrigues
Conquistar é, sem dúvida, mais simples que reconquistar, com a conveniência de revelar o novo, o desconhecido e perfeito; com recato e leveza, absorvendo cada novidade. Ao passo que, o que se dá por gasto e sem sabor, como algo que esmaeceu no fator tempo e consumo, sem renovação nem transformação, vai-se da devoção à restrição; sentimento sem reservas; consumindo-se, esgotando-se, sem chances, ainda que remotas, dificultando assim a reconquista.
Tal qual peças de argila, que, nas mãos revelam formas delicadas ao manuseio, com perfeição e beleza, no entanto, se quebradas, ainda que, juntado aos cacos o primor da restauração, talvez, possa torná-las tão ou mais perfeitas que antes; mas, as cicatrizes, por mais cuidadosos que sejam os desvelos, denunciam a semipenumbra, a fragilidade, em sulcos indeléveis, transparentes nódoas, que denunciam a inabilidade no trato da incontestável perfeição.
Assim sendo, é coerente dizer que, numa relação, seja amorosa ou não, deve haver entusiasmo sempre, de maneira que, todos quantos se envolvam possam se beneficiar sem desgastes, pois apesar dos problemas e de todas as dificuldades, é notório que, a afinidade deve ter consistência e ressonância humana; e deve haver a concepção de que, tudo pode ser renovado e compreendido, para que nada sirva de empecilho na convivência. Sabendo-se que, tudo precisa ser compartilhado, nada deve ser considerado tão singular ao ponto de ser ignorado, pois, nem tudo é tão pequeno quanto se imagina, e nem tudo é tão grande quanto possa parecer.
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Joana Rodrigues