E por falar em setembro...
Cissa de Oliveira
A primavera vem aí. Antes de terminar setembro, ao menos teoricamente, a maioria das flores se mostrará em todo o seu esplendor. Assim é o esperado, e assim o será, a menos que o imprevisível cada vez mais presente, nas questões relacionadas ao clima e às estações do ano, se instale. Isto me faz lembrar quase que imediatamente das últimas catástrofes ocorridas em todo o Brasil, nos últimos anos.
O Nordeste já não é “o lugar das secas” e o Sul já não tem sempre tão somente “as cidades mais frias”. E o mais alarmante é que às catástrofes do clima, se seguem outras, com perda de vidas, de residências, de paz e de tranqüilidade para moradores de cidades inteiras.
Nos nossos afazeres diários, com nossas próprias lutas e conquistas particulares, muitas vezes não percebemos a fundo a amplitude das necessidades coletivas, como o cuidado e atitudes ligadas à preservação do meio ambiente, e que isto nos diz respeito tanto quanto as nossas preocupações mais imediatas. O mais impressionante é que são atitudes absolutamente simples. Não jogar lixo nas ruas. Economizar água e eletricidade. Usar transporte coletivo ao invés do carro todos os dias. Separar o lixo, e outras, muitas outras, absolutamente simples..
Em março de 2008, entre as vinte horas e trinta minutos e as vinte e uma horas e trinta minutos, foi celebrada “a hora do planeta”. Para quem não ouviu a notícia ou não se lembra, essa hora deveria ser comemorada em todo o mundo, com o intuito de chamar a atenção para os problemas ambientais, defendendo assim, o futuro da Terra. Foi pouco. Mas se cada um fizer a sua parte, conscientemente, a dinâmica da natureza fluirá sem prejudicar qualquer ser, do mais indefeso ao mais independente.
A vida tem o seu próprio termômetro. É como o amor, e como a febre: se manifesta por motivos próprios.
E por falar em setembro... Espera-se que as flores se façam presentes.