A Liberdade é a Primeira Necessidade Humana

“Liberdade: essa palavra que o sonho humano alimenta; que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”... Cecília Meireles.

Lutar pela sobrevivência foi uma das primeiras necessidades que o homem se viu entrelaçado, errar por rumos mais improváveis para garantir seu alimento; entre um caminho e outro disputar fisicamente o direito de continuar respirando.

Liberdade: dentre todos os conceitos possíveis de se atribuir a essa epopéia humana, a palavra mais apropriada a se usar é, sem sombra de dúvidas, li-ber-da-de. Reinos e mais reinos ameaçados por bárbaros ou conquistadores expansionistas, guerras e mais guerras em nome de ideais ou desejos de transgressão, revoluções libertarias, diásporas e peregrinações: a liberdade é a primeira necessidade humana...

“liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós” Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir.

Individualmente falando, o ser humano está passível de se ver destinado a sofrer e reproduzir imposições que a muito estão a assolar as mentes frágeis do objeto do convencionalismo, mas com isso influenciando todo um contexto social. Porém, para alguns poucos iluminados, a busca por liberdade se torna uma luta árdua e diária, pois em nome do seu idealismo consciente, ultrapassam barreiras que para muitos significaria o início do fracasso assumido.

Leis e mais leis federais brasileiras estão, desde a pouco, construindo subsídios institucionais para que pessoas com dificuldades de se integrar ao contexto social, ao qual estão inseridas, possam encontrar meios, de buscar sua liberdade plena e autodeterminação, neste mundo que em nada se diferencia dos modos de sobrevivência primitivos: ou luta-se ou padece-se.

É curioso ter uma Carta Magna que diz que as pessoas são iguais perante a lei – entende-se pessoas como sendo todos os seres humanos, independente de suas qualidades, capacidades ou necessidades – e, ainda assim, o Estado se vê incumbido de elaborar decretos que assinalam os deveres cíveis e estatais para com um determinado grupo de pessoas.

Óra, todos são todos,... Mas tudo bem, apontar incoerências, em vão, não leva a nada... Digamos que as leis que garantem direitos institucionais que moralmente já deviam existir, são medidas paliativas e corretoras de equívocos cometidos anteriormente, mas no que estas sanções adicionais diferem dos fundamentos da constituição em geral?: um documento demasiado humano, que, no entanto, não funciona ou rege a vida dos envolvidos e necessitados socialmente como promete.

As leis necessitam sair do seu habitat inicial, as convenções precisam perder o seu caráter caritário e invadir o imaginário de cada cidadão, para, então, efetivar definitivamente as mudanças... O pessimismo não ajuda em nada, mas ao menos serve para integrar o rol de criticidade necessária em qualquer que seja a tomada de consciência.

Já está provado, por A mais B, que a educação é o caminho mais eficiente de integração e ascensão social, então, para que a liberdade alcance o maior número possível de pessoas é preciso, no mínimo, que tornemos/lutemos para que a consolidação de mecanismos capazes de reavivar o estímulo de luta de cada ser humano, ocorra de maneira satisfatória e, assim, haverá luz a quem não enxerga, voz a quem não fale, pernas a quem não ande e música a quem não ouve...

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Vagner Silva
Enviado por Vagner Silva em 30/08/2009
Código do texto: T1783183
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