Dá tempo?

Quarenta e quatro minutos?... Não é muito, nem pouco tempo. Depende. Se tiver que me arrumar pra nada de mais, pode dar. Se tiver que fazer uma crônica, não sei... vou tentar. Agora, 18h15. Escrever sobre o quê? Cadê inspiração? Minha cabeça está oca, só porque quero que dela saia uma boa idéia. É sempre assim, quando a gente quer, não sai nada. Quando não pode escrever, pensa tanta coisa... Já me aconteceu de na madrugada acordar com ela a fervilhar. Mas não dá pra ligar o computador. Nessas horas, às vezes pego um caderno, rabisco, depois não consigo ler. Vou pra cozinha, faço um café. Não tira meu sono. Sem ele não consigo viver. Esquenta no frio, à tarde me anima. E de manhã, é com ele que começo meu dia. Aprendi a tomá-lo sem açúcar, fica muito melhor. Não sou apreciadora de chá. Só gosto quando faz frio de gelar. E por falar nisso, tampouco sou ligada em sorvete. Mas no verão, quero de abacaxi. Aliás, uma fruta deliciosa. Eu gostava de frapê, e um dia, na Bahia, pedi um, de quê? Parei pra pensar. A moça disse que ali só tinha “coco espumante”. Morri de rir. Gosto também de pavê, pra comer. Com cobertura de chocolate. E de bombom, hum, que bom! Sem falar nas trufas, não é? Olho o relógio. Ainda tenho quatro minutos, mas falta coragem pra dizer só bobagem.