Perfeccionismo Zero
Bem que poderia melhorar um pouco mais os meus textos aqui publicados, seguindo a dica de um famoso cronista de uma revista semanal, que diz ler e reler várias vezes suas crônicas, fazendo as necessárias correções, antes de publicá-las. Mesmo assim, depois de publicadas, ainda acha que mereciam alguns retoques. Se um profissional de alto nível, reconhecido nacionalmente pelas suas crônicas, assim procede, imagine a ousadia de um pobre amador que, pela sua ansiedade, publica seus textos logo que termina o parágrafo final, sem a sua autocrítica.
Depois de algumas leituras e já com alguns comentários, quando venho perceber a necessidade dos devidos retoques, fico receoso de assim proceder, por achar que o original não deve ser desoriginalizado.
Opa!
Desoriginalizado?
Empreguei esta palavra numa crônica que fiz com o título de “Desnaturalização ou Desoriginalização”, onde um comentarista disse nunca ter visto estas duas palavras. Assim, fica patente que sou mesmo zero em perfeccionismo, empregando termos inexistentes, sem o cuidado de corrigi-los. É que escrevo com a emoção do momento, achando que o improviso pode retratar melhor a minha característica, apesar de reconhecer a imperiosa necessidade de obedecer às regras do nosso rico idioma português, onde o que não falta são os sinônimos para substituirmos esta ou aquela palavra. Que me desculpem pelo meu “imperfeccionismo”.