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SOMOS FRUTOS! QUAL O SABOR DA SUA SEMENTE?
Adorava comer a semente dos caroços. Da azeitona e ameixa seca, principalmente. Criança tem cada ideia! Tanta coisa boa nessa fase para apreciar e eu tinha logo que esmiuçar o caroço que seria descartado.
Lembro como era difícil quebrar aqueles caroços de azeitonas! Munida do socador de mamãe, com um pano de prato e vários caroços, lá ia eu para o quintal quebrá-los. Coisa mais besta que já fiz na vida!
Era uma dificuldade para quebrar só para conseguir uma sementinha fina do mesmo formato da azeitona. O gosto era bom, lembrava a própria azeitona sem a acidez peculiar do fruto e tinha um leve amargor semelhante ao das amêndoas secas.
Mas o caroço que eu preferia era o da ameixa seca. A semente dela também era levemente amarga, mas havia um caldinho da cor de melado que a deixava uma delícia! Porém, nem sempre dentro dos caroços havia esse líquido adocicado.
Foi através desse curioso gesto em descobrir o que havia dentro dos caroços que comecei a observar as pessoas mais profundamente para descobrir o que havia por detrás dos caroços da alma de cada um.
Comecei pelos meus irmãos. Um por um eu os observava os gestos, as palavras, as atitudes. Pelo gesto de passar a mão na cabeça, já sabia que papai estava muito zangado. Pelo olhar de mamãe, via a censura por algo errado que alguém havia feito. Pelo andar ligeiro de uma irmã, percebia que alguma coisa ela iria aprontar. Pelo silêncio de alguém, descobria que alguma coisa não ia bem... Pelo isolamento do outro, notava o medo, a tristeza e a dor que se nutria da solidão. E numa palavra doce que alguém me dizia, eu via o céu colorido de rosa anunciando chuvas de verão de tanta alegria! Era o melhor sabor.
E assim fui aprendendo a lidar e a respeitar cada um nas suas diferentes formas de enfrentar a dor, a alegria, o medo, a insegurança, a ira, a solidão e o amor. Cada um com seus caroços. Ora com a semente com gosto doce bom que nos quer juntos, ora com o amargor de quem nos rejeita.
Entre erros e acertos aprendi a traçar perfis dos meus irmãos a partir daquela inocente curiosidade de quebrar caroços e provar sementes. Foi preciso paciência para conhecer com notória precisão o que ia dentro de cada um deles.
Então desejei desvendar interiores de mais pessoas. E analisava amigos, colegas e todo aquele que se aproximava de mim.
Primeiro era necessário que eu lhes quebrasse o caroço para que se provasse as sementes e deste jeito descobrir o sabor de cada interior. Uns foram mais fáceis de quebrar a capa dura do caroço para me permitir conhecer a semente;, outros, mais difíceis. Uns, o que traziam por dentro era tão suave que me encantava de tanta doçura. Outros não. Outros o sabor era bem desagradável de se provar...
Mas notei que aquelas sementes cujos sabores eram doces, eram das pessoas que faziam uso frequente da paciência, da alegria, do bom-humor, da tolerância, da boa vontade, da esperança, da fé e do amor. Por isso o amargor das outras! Elas exageravam nas indelicadezas, nas rudezas da alma e intolerâncias. Pareciam desconhecer o sentimento amar.
Para conhecer o sabor da semente de cada pessoa, provei antes de mim. E para que ninguém sentisse o gosto do triste fel que porventura houvesse no interior da minha semente, eu me valia de boas palavras e pensamentos de forma que meu sabor pudesse ser agradável para meu próximo.
Há momentos em que minha semente não está própria para consumo. Nesses momentos eu me faço dura e não permito que me provem a semente, evitando que alguém tenha a má sorte de provar meus dissabores. Fico um tempo reclusa até que se forme um meladinho dentro do caroço do meu coração para se eu volte a ser a boa semente e novamente dar doces-palavras-frutos.
Sim, somos frutos! E vai depender da quantidade de amor, de alegria, de esperança, enfim, que usarmos desses sentimentos para termos um paladar apreciável.
Ninguém deseja ser fruto ruim, de sabor desagradável. Por isso devemos cuidar dos sentimentos que usamos no cotidiano. Devemos ainda imitar a sabedoria da ameixa que se vale do meladinho para melhorar o sabor amargoso da sua semente.
Então, diga... Qual o sabor da sua semente, hein?rs
SOMOS FRUTOS! QUAL O SABOR DA SUA SEMENTE?
Adorava comer a semente dos caroços. Da azeitona e ameixa seca, principalmente. Criança tem cada ideia! Tanta coisa boa nessa fase para apreciar e eu tinha logo que esmiuçar o caroço que seria descartado.
Lembro como era difícil quebrar aqueles caroços de azeitonas! Munida do socador de mamãe, com um pano de prato e vários caroços, lá ia eu para o quintal quebrá-los. Coisa mais besta que já fiz na vida!
Era uma dificuldade para quebrar só para conseguir uma sementinha fina do mesmo formato da azeitona. O gosto era bom, lembrava a própria azeitona sem a acidez peculiar do fruto e tinha um leve amargor semelhante ao das amêndoas secas.
Mas o caroço que eu preferia era o da ameixa seca. A semente dela também era levemente amarga, mas havia um caldinho da cor de melado que a deixava uma delícia! Porém, nem sempre dentro dos caroços havia esse líquido adocicado.
Foi através desse curioso gesto em descobrir o que havia dentro dos caroços que comecei a observar as pessoas mais profundamente para descobrir o que havia por detrás dos caroços da alma de cada um.
Comecei pelos meus irmãos. Um por um eu os observava os gestos, as palavras, as atitudes. Pelo gesto de passar a mão na cabeça, já sabia que papai estava muito zangado. Pelo olhar de mamãe, via a censura por algo errado que alguém havia feito. Pelo andar ligeiro de uma irmã, percebia que alguma coisa ela iria aprontar. Pelo silêncio de alguém, descobria que alguma coisa não ia bem... Pelo isolamento do outro, notava o medo, a tristeza e a dor que se nutria da solidão. E numa palavra doce que alguém me dizia, eu via o céu colorido de rosa anunciando chuvas de verão de tanta alegria! Era o melhor sabor.
E assim fui aprendendo a lidar e a respeitar cada um nas suas diferentes formas de enfrentar a dor, a alegria, o medo, a insegurança, a ira, a solidão e o amor. Cada um com seus caroços. Ora com a semente com gosto doce bom que nos quer juntos, ora com o amargor de quem nos rejeita.
Entre erros e acertos aprendi a traçar perfis dos meus irmãos a partir daquela inocente curiosidade de quebrar caroços e provar sementes. Foi preciso paciência para conhecer com notória precisão o que ia dentro de cada um deles.
Então desejei desvendar interiores de mais pessoas. E analisava amigos, colegas e todo aquele que se aproximava de mim.
Primeiro era necessário que eu lhes quebrasse o caroço para que se provasse as sementes e deste jeito descobrir o sabor de cada interior. Uns foram mais fáceis de quebrar a capa dura do caroço para me permitir conhecer a semente;, outros, mais difíceis. Uns, o que traziam por dentro era tão suave que me encantava de tanta doçura. Outros não. Outros o sabor era bem desagradável de se provar...
Mas notei que aquelas sementes cujos sabores eram doces, eram das pessoas que faziam uso frequente da paciência, da alegria, do bom-humor, da tolerância, da boa vontade, da esperança, da fé e do amor. Por isso o amargor das outras! Elas exageravam nas indelicadezas, nas rudezas da alma e intolerâncias. Pareciam desconhecer o sentimento amar.
Para conhecer o sabor da semente de cada pessoa, provei antes de mim. E para que ninguém sentisse o gosto do triste fel que porventura houvesse no interior da minha semente, eu me valia de boas palavras e pensamentos de forma que meu sabor pudesse ser agradável para meu próximo.
Há momentos em que minha semente não está própria para consumo. Nesses momentos eu me faço dura e não permito que me provem a semente, evitando que alguém tenha a má sorte de provar meus dissabores. Fico um tempo reclusa até que se forme um meladinho dentro do caroço do meu coração para se eu volte a ser a boa semente e novamente dar doces-palavras-frutos.
Sim, somos frutos! E vai depender da quantidade de amor, de alegria, de esperança, enfim, que usarmos desses sentimentos para termos um paladar apreciável.
Ninguém deseja ser fruto ruim, de sabor desagradável. Por isso devemos cuidar dos sentimentos que usamos no cotidiano. Devemos ainda imitar a sabedoria da ameixa que se vale do meladinho para melhorar o sabor amargoso da sua semente.
Então, diga... Qual o sabor da sua semente, hein?rs