NOSSO JULGADOR INTERNO.

Tem uma historia que sempre lembro em minhas reflexões sobre o que vale a pena ser feito na vida, que é de um menino que estava numa enorme praia jogando estrelas do mar de volta ao oceano, uma a uma, quando chega um homem, se aproxima do menino e pergunta o que ele esta fazendo. O menino responde:

- Estou jogando as estrelas do mar de volta na água para que elas não morram.

Ao que o homem respondeu:

- Mas são milhares delas, mesmo que você fique ai o dia todo, não vai fazer diferença nenhuma.

O menino olhou o homem e com segurança e determinação, pegou mais uma estrela na areia e jogou de novo ao fundo da água, dizendo ao homem:

- Para esta fez.

Infelizmente não sei a autoria desta historia, que há alguns anos me foi contada, porque eu adoraria dar o devido credito ao autor, se alguém souber agradeço se aqui disser. Mas o importante é o espírito desta atitude. Não devemos viver nossas vidas pelo medo de que nossas ações sejam pequenas, mas sim pela certeza que de grão em grão a galinha enche o papo, cada esforço tem um valor imensurável no momento, pois ele repercute por todo o universo, num efeito continuo.

Em minha vida de mago aprendi que devemos sempre deixar nosso juiz, ou seja, nosso lado julgador, o mais quieto possível. Claro que não é fácil pois vivemos num mundo onde o julgo é constante, pois os perigos e enganos que nos cercam parecem ser constantes e usamos deste julgo para uma defesa que nos parece eficiente. Mas, infelizmente, isto acaba como uma constante de julgar e não relaxamos no simplesmente aceitar a chegada de novas formas de pensar em nossas vidas. Novas formas que com certeza mesmo que não as adotemos servem para temperar nossas visões e revisarmos nossas posturas e idéias. Só o novo e ate o oposto nos fazem rever nossas verdades e assim nos fortalecem.

Claro que isto não inclui a delicia de ser cercado de amigos que nos incentivem em nossas posições de vida e com isto também nos ensinam a firmeza de manter a atitude, mesmo que esta seja apenas para salvar mais uma de milhares de estrelas do mar. O importante nas ações positivas não é o tamanho da onda que se faz com ela, mas sim do alcance desta onda e da certeza que mesmo que seja apenas para um isto foi bom, principalmente se não foi ruim pra ninguém.

Mas voltando ao juiz julgador eu sinto que somos nós mesmos, usando este juiz interno, que ao fim da vida fazemos nosso julgamento e determinamos nossos assim chamados infernos. Vamos há um lugar isolado onde ficamos a repetir este inferno até que este juiz interno esteja satisfeito e possamos continuar em nosso processo de vida. Portanto não devemos deixar este juiz muito rígido e treinado. Bom mas isto é minha crença de mago e de novo não pretende ser uma verdade absoluta.

O importante e que sejamos livres dentro de nós mesmos para viver nossos desejos saudáveis e buscar nossas atitudes que levem a uma melhoria de vida não só para nossos umbigos mas também para o coletivo todo que nos cerca.

Assim viva o menos julgador possível e procure seus prazeres e junte estes a tudo que seja sustentável em sua vida.

Guilherme Azambuja
Enviado por Guilherme Azambuja em 28/08/2009
Código do texto: T1779363
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