Zé Povinho Precisa ...

Primeiro, uma olhadinha no lixo debaixo do tapete histórico. Em 1964 o Povo “rodava a Baiana” reivindicando tudo, mesmo tendo mais um Presidente Pára-quedista, que não tinha prometido nada. Frouxo, bobão, no cargo apenas devido à renúncia do antecessor destrambelhado e do costume nefasto das barganhas em Setores Privados para fortalecimento de chapas eleitorais, o tal sujeito sem talento, manobrado pelo cunhado, um político populista, ia levando o abacaxi que não pedira e não sabia descascar. A Incompetência era flagrante e a Baderna ficava incontrolável. As Forças Armadas apertaram o botão maldito e saiu quentinho um Golpe Militar. Senão haveria conflitos e perdas irreparáveis (?) Tudo em nome da Salvação da Pátria, do Risco Iminente de uma possível implantação do Regime Comunista. Mas este risco EXISTIA MESMO? Este é o PONTO! Sempre fomos enganados, desde os tempos do Império. Tudo a respeito sempre foi manipulado, maquiado, truncado e o Povo realmente nunca quis saber da verdade prá não esquentar a cabeça. Povo Marcado êêê, Povo Feliz. Formadores de Opinião Pública apareceram, mas foram sufocados pelo desinteresse coletivo ou corrupção de uma Elite Burguesa voltada apenas para sua comodidade. Jovens de Classe Média copiando modelos Americanos e seus pais achando graça da brincadeira de juventude transviada, quando a onda era engomar o cabelo, dançar Rock and Roll e ficar de bobeira andando de Lambreta pra lá e pra cá. Esta geração chegou em 1970 completamente abêstada em termos de consciência política e da realidade da República das Bananas chamada Brasil.

Pseudo-Intelectuais achavam que a Adesão ao Comunismo resolveria o Marasmo Econômico e Intelectual, pois os Americanos queriam “era mais”. Seríamos mais uma Republiqueta dos Trópicos pra eles despejarem com seus aviões Bombardeiros, seus hamburgers e vários produtos proibidos por lá, obtendo privilégios bélicos e estratégicos, sufocando nossa identidade e levando todas as Caixas Registradoras como fizeram pelo Mundo afora. Este era o discurso da moda e Neguinho alienado batia palma e dançava Rock and Roll. A Ditadura trouxe a Repressão e a Resistência tinha apenas os Ideais de Liberdade como Bandeira. E o Povão queria mesmo era assistir os dribles do Garrincha na Copa do Mundo. Uns poucos Cidadãos Conscientes, ainda trocando as pernas, tontos com o efeito do Golpe, tentaram GERAR desesperadamente uma LIDERANÇA através de uma inseminação coletiva, sem “Doador”. A Pátria, donzela mil vezes estuprada, era trancada a Sete Chaves, vigiada 24 horas pra não parir tal rebento. Mas, mesmo com a impossibilidade dos nossos heróis, mandados ao exílio, não poderíamos aceitar tamanho ultraje. Mas não tínhamos cultivado valores próprios de Cidadania, nem Identidade como Nação, era apenas um Povo que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones. E ainda hoje, ensaiamos um pouco em época de Copa do Mundo, depois é Carnaval, Praia, Cerveja e Bunda nas Bancas de Jornal. E o resultado entre outras coisas é sempre o mesmo: Alienação, Modismo, Batedores da Carteira Pública e Vigaristas com Imunidade Parlamentar.

Entregamos o País nas mãos de Ladrões e nada estamos fazendo para desfazer esta “mancada”. Não seria o momento da Sociedade perceber a “distração” cometida e o prejuízo decorrente, inclusive causado aos que ainda não votam, mas que também comem os frutos amargos das lambanças eleitorais? Arcamos com os prejuízos materiais quando pagamos todos os dias a super carga tributária, exigida para a manutenção de Planos Eleitoreiros e dos Desvios de Verbas. Agora foi desmascarado mais um Senador que distribuía empregos e favores para os amigos, à custa do dinheiro do Povo e o atual Presidente da República manda “abafar o caso”. E eu sou agraciado com mais um chapéu de palhaço para a minha coleção. Mas como eu não sou bom cabrito, me inspiro no beija-flor bobão e sua gota d’água babaca no incêndio da floresta e escrevo estas mal traçadas linhas só pra estragar a paisagem ou perturbar a quietude dos poetas: A Nação Brasileira precisa de Cidadãos Conscientes para COMBATER as Quadrilhas Especializadas em Tráfico de Influências e Apropriação do Dinheiro dos Impostos e que se utilizam de Legislação Específica e Imunidades para impedirem que as suas Articulações e Acordos sejam Enquadrados como Crime Organizado. O Voto Irresponsável ou Desinformado é a única ARMA que eles dispõem, mas infelismente é abudante.-

Alberto Santos
Enviado por Alberto Santos em 27/08/2009
Reeditado em 19/10/2009
Código do texto: T1777887
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