A F L I Ç Ã O !
E vindo de todos os lados, as espadas, os tiros
uma chuva de bombas que pode a todo momento cair
o adultério que acontece, a vida que passa e que se morre
sem um pingo de carícia
e as vitrines e as passarelas de vidros
nos fechando em casernas
em diretrizes
em orçamentos
em preços altos a se pagar até morrer
em filhos
em dívidas
em molestação
em auto-punição
e um sentimento de culpa por algo pretensiosamente impessoal que criamos
como rajadas as agressões batem
como ondas de um mar sangrento
de um pavor infinito
de um receio que faz tremer nossas visceras
e nos vicia em pílulas ou drogas
ou jogatinas baratas
e o sim e o não para se escolher
o tomar partidos, vestir camisas, torcer para times ou seguir deuses e leis
e toda aquela angústia que nos confunde
e nos dá uma certeza interior e indubitável da falsidade e inutilidade de tudo
do amor ao futubol, do carnaval ao caixão
e todas aquelas frases lindas que lemos em livros ou em comerciais de TV
ou nos OUTDOORS
que não mudam nada em você e nos outros
e você diz, "puta merda, por que foi que nasci ?"
"não haveria outra vida?"
E os padres e pastores abrem e falam sobre o que não sabem
os políticos decidem o que é melhor pra você, como você deve agir
e o padeiro aumenta o preço do pão botando a culpa na crise econômica
e a prostituta com quem você relaxa não quer trepar com você
e nem um puto você tem para comprar uma bala que poria fim à sua vida
e os venenos rolando... sua família te chama de louco
você se sente abandonado e definhando em algum quartinho sujo
sem coragem nem para um pingo de orgulho
e a salvação não chega, por que não existe...
e você diz
"tenho que parar de ver televisão..."
(IkaRo MaxX)
16.08.2009
http://dionisioempedacos.blogspot.com/
_________________________________________
Postagem autorizada.
E vindo de todos os lados, as espadas, os tiros
uma chuva de bombas que pode a todo momento cair
o adultério que acontece, a vida que passa e que se morre
sem um pingo de carícia
e as vitrines e as passarelas de vidros
nos fechando em casernas
em diretrizes
em orçamentos
em preços altos a se pagar até morrer
em filhos
em dívidas
em molestação
em auto-punição
e um sentimento de culpa por algo pretensiosamente impessoal que criamos
como rajadas as agressões batem
como ondas de um mar sangrento
de um pavor infinito
de um receio que faz tremer nossas visceras
e nos vicia em pílulas ou drogas
ou jogatinas baratas
e o sim e o não para se escolher
o tomar partidos, vestir camisas, torcer para times ou seguir deuses e leis
e toda aquela angústia que nos confunde
e nos dá uma certeza interior e indubitável da falsidade e inutilidade de tudo
do amor ao futubol, do carnaval ao caixão
e todas aquelas frases lindas que lemos em livros ou em comerciais de TV
ou nos OUTDOORS
que não mudam nada em você e nos outros
e você diz, "puta merda, por que foi que nasci ?"
"não haveria outra vida?"
E os padres e pastores abrem e falam sobre o que não sabem
os políticos decidem o que é melhor pra você, como você deve agir
e o padeiro aumenta o preço do pão botando a culpa na crise econômica
e a prostituta com quem você relaxa não quer trepar com você
e nem um puto você tem para comprar uma bala que poria fim à sua vida
e os venenos rolando... sua família te chama de louco
você se sente abandonado e definhando em algum quartinho sujo
sem coragem nem para um pingo de orgulho
e a salvação não chega, por que não existe...
e você diz
"tenho que parar de ver televisão..."
(IkaRo MaxX)
16.08.2009
http://dionisioempedacos.blogspot.com/
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