AEDO CIBERNÉTICO* - DUELO MUSICAL

Há tempos, quando as brigas ainda eram líricas, contavam que Paulinho da Viola havia criticado o Benito de Paula por estar matando o “samba” (ele, o Benito, só compunha ao piano). Então o Benito fez essa música em resposta à afronta.

OSSO DURO DE ROER

(BENITO DE PAULA)

Estão querendo tirar meu nome do samba

Tirar meu tempo de bamba

Dizendo até que eu já me despedi

Mas ainda não chegou minha vez de ir embora

Deixa essa gente falar

É inveja que eles sentem

Estão querendo acabar comigo de vez

Eu não ligo, eu não sou freguês

Vou ficar com meu samba osso duro de roer

É que ainda não chegou minha vez de ir embora

Deixa essa gente falar

É inveja que eles sentem

Canto mais um samba

Que é pra todo mundo ver

A minha bandeira do samba

Deus ajuda a defender

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Bem, aí, como bom desafiante, o Paulinho deu a resposta e cravou no peito do Benito um

ARGUMENTO

Tá legal

Tá legal, eu aceito o argumento

Mas não me altere o samba tanto assim

Olha que a rapaziada está sentindo a falta

De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim

Sem preconceito ou mania de passado

Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar

Faça como um velho marinheiro

Que durante o nevoeiro

Leva o barco devagar

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* Na antiguidade, como a escrita era pouco desenvolvida, o AEDO cantava as histórias que iam passando de geração para geração, através da música. Depois, veio o seu assemelhado na idade média que era o trovador. Hoje, juntado tudo isso com a tecnologia, criei o AEDO CIBERNÉTICO.

josé cláudio Cacá
Enviado por josé cláudio Cacá em 24/08/2009
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