AEDO CIBERNÉTICO* - DUELO MUSICAL
Há tempos, quando as brigas ainda eram líricas, contavam que Paulinho da Viola havia criticado o Benito de Paula por estar matando o “samba” (ele, o Benito, só compunha ao piano). Então o Benito fez essa música em resposta à afronta.
OSSO DURO DE ROER
(BENITO DE PAULA)
Estão querendo tirar meu nome do samba
Tirar meu tempo de bamba
Dizendo até que eu já me despedi
Mas ainda não chegou minha vez de ir embora
Deixa essa gente falar
É inveja que eles sentem
Estão querendo acabar comigo de vez
Eu não ligo, eu não sou freguês
Vou ficar com meu samba osso duro de roer
É que ainda não chegou minha vez de ir embora
Deixa essa gente falar
É inveja que eles sentem
Canto mais um samba
Que é pra todo mundo ver
A minha bandeira do samba
Deus ajuda a defender
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Bem, aí, como bom desafiante, o Paulinho deu a resposta e cravou no peito do Benito um
ARGUMENTO
Tá legal
Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim
Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
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* Na antiguidade, como a escrita era pouco desenvolvida, o AEDO cantava as histórias que iam passando de geração para geração, através da música. Depois, veio o seu assemelhado na idade média que era o trovador. Hoje, juntado tudo isso com a tecnologia, criei o AEDO CIBERNÉTICO.