AS LIÇÕES DO CHA (Sem assento) e dos mestres...
Sexta-feira reencontrei um amigo muito querido, Kildemir – agrônomo, poeta, petroleiro, mas acima de tudo gente. Ele foi o convidado do “Encontro com Autores” que acontece uma vez por mês na Livraria Poty de nossa cidade. Sobre isso eu já falei. Sempre que o encontro lembro-me de uma lição que aprendi quando participei de um encontro sobre Meio -Ambiente coordenado por ele, em 1988.
Na época ele nos disse que para cuidar do Meio-Ambiente precisávamos de CHA. Diante de nossa surpresa ele explicou o significado do CHA – conhecimento, habilidade e atitude. Foi uma ótima discussão e nunca esqueci este sigla, que já gostava como bebida.
Hoje amanheci pensando no CHA de meu amigo e como nos esquecemos dele em nosso cotidiano. Quantas coisas nós sabemos (conhecemos), temos habilidade para executá-las, mas não tomamos nenhuma atitude? Já foi dito que a dor ensina mais que a alegria. Não gosto dessa afirmação, mas hoje, reconheço que foi ela, a dor, que me ensinou mais uma lição.
Apesar de saber que o ser humano é ilimitado em sua capacidade de nos surpreender, seja para o bem ou para mal, sempre consigo ser pega de surpresa em uma ou outra situação. Isso não é de todo ruim, ao contrário, é estimulante. Mas, o que quero dizer é que, apesar de confiar nas pessoas, sei que elas não são perfeitas, possuem defeitos e nem sempre é fácil conviver com eles.
Sei de tudo isso, até tenho habilidade em lidar com esses conflitos, mas não tomo nenhuma atitude preventiva e sempre me magôo. A sorte é que há pouco espaço em minha vida para decepções, raiva, mágoa e coisas do gênero. Ao longo de meus dias fui eliminando estes espaços e ocupando-os com tolerância, alegria, superação e aceitação. Espero, um dia, aprender a perdoar, apesar de minhas limitações.
Encerrando nosso CHA, deixo de presente para você os mestres que encantaram a minha sexta-feira. Quem sabe tomemos mais CHA de hoje em diante?! É saudável e nos deixa mais, muito mais, felizes!
"Se as coisas parecem inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las! Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas.” – Mário Quintana.
Sem esquecer que é preciso “viver e não ter vergonha de ser feliz” como dizia meu querido Gonzaguinha, pois “Eu sou de uma terra que o povo padece, mas não esmorece e procura vencer. Da terra querida, que a linda cabocla, dee riso na boca zomba no sofrer, não nego meu sangue, não nego meu nome, oOlho para a fome, pergunto o que há? Eu sou brasileiro, filho do Nordeste, sou cabra da Peste, sou do Ceará” – Patativa do Assaré.