Amor a arte.
Escrevo porque a minha vida depende disso. Que vida? TODA. A vida triste, a vida alegre, a vida chata, a vida difícil. Escrever é sair da rotina. É experimentar, é viver em constante transformação. Mudança mútua, tênue, perfeita.
Respeito tudo o que escrevo, desde uma frase, até mesmo o projeto de um livro. Não sei bem quem sou. Eu sou todas as palavras que produzo, todos os personagens que já tive a ousadia de criar. Eu sou tudo.
Enquando viver, escreverei algo. Quando morrer, tenho certeza que pelo menos um terço de minhas palavras irão ter algum sentido finalmente. Não quero nunca ter a infelicidade de perder a minha essência. NUNCA MESMO.
Gosto mesmo quando tudo saí de forma muito natural, não é pensava, tem vida própria. Gosto mesmo é de sentar na frente do computador ou da máquina e deixar que tudo flua de forma intensa e única. Escrever, escrever, escrever sem ao menos saber do que se trata e só no final ler todos os meus pensamentos soltos se tornarem uma coisa só. Uma vida.
Tenho a difícil tarefa de aparar algumas arestas, cortar algumas partes. Cada cirurgia dessa me fere um pouco, mas corrigi um simples defeito. O de ir além do que é permitido. Mas pra ser sincera, eu sempre gostei de ir além. Sempre gostei de me surpreender.
Mesmo que ninguém leia meus textos. Mesmo que todos digam que não prestam. Eu sei que nunca abandonarei tal atividade e é por isso que depois de algum tempo, venho aqui para gritar em alto e bom som o quanto amo escrever.
Um dia quero poder olhar para tantos textos e entender que eles cresceram comigo.