Vespeiro
O preconceito é um sentimento que as pessoas geralmente não admitem ter porque a palavra é estigmatizada pela “opinião pública”, um contra-senso! Normalmente temos um conceito “apresentável”, outro que somente quem é mais próximo conhece e um terceiro muito bem escondido, (sem falar nos que escondemos de nós mesmos).
Há, no entanto, os que são externados consciente ou inconscientemente e que podem ser responsáveis pelas mais sombrias ideologias, quando se leva em consideração o aspecto humano de suas conseqüências.
As fontes de formação nas quais nos abastecemos são extremamente enxertadas, recheadas, infladas e distorcidas com conceitos os mais diversos por razões, em grande parte, desconhecidas e, apesar disso, preferimos nos garantir nas zonas de conforto das manadas do que questionar sozinhos parâmetros que só se apresentam digeríveis pela sensação de comodismo ou visão curta proporcionados pela aceitação grupal. Não raro nos deparamos com os clássicos debates na mídia sobre política, por exemplo: a onde nós, expectadores, freqüentemente já temos uma tendência por um dos lados sem nos aprofundarmos em reflexões, sem um grama de empatia pela corrente à qual nos colocamos em posição antagônica. O mediador, com seus vieses, dá o empurrão final cristalizando pró ou endurecendo a nossa opinião contra a idéia alvo.
Um caso como esse, de idéias e ideais políticos, pode não parecer caso do uso de preconceito em primeiro plano (como ocorre na maioria de suas manifestações), mas certamente permeiam os fundamentos do assunto objeto das discussões.
Vamos fazer uma experiência?
O Brasil ainda será, em médio prazo, tão civilizado quanto a Suíça! O Sarney deve permanecer como presidente do senado! O Bispo Edir Macedo é inocente! A condição dos presídios brasileiros é uma prioridade social!