REVIRANDO LATAS

Eu fico horas escrevendo milhares de coisas com a esperança que você as receba nas ondas do pensamento. Eu deleto quase tudo depois, porque passa. O amor passa, mas a gente insiste em sentir dor por ele, como se fosse eterno. A gente sabe que nada é eterno. Sabe que vai morrer e que todo amor morre antes. E antes do amor, a gente dá um empurrãozinho na dignidade também.

Eu sou tão passional que me vejo de joelhos aos seus pés pedindo para que volte a ficar nos meus pés. E quando tomo um banho gelado vejo o quanto são ridículas as repetições da insanidade do amor.

Sugiro que todos os apaixonados sejam internados! O amor nos torna absolutamente surreais. Quem lê as minhas linhas de amor, compreende porque preciso de uma camisa de força quando digo “estou apaixonada”.

Sou capaz de escrever músicas, poesias, textos, histórias sobre o mesmo tema: seus olhos. Vai entender o amor? O importante é a licença poética.

Meu telefone não para de tocar e quando toca e não é você, o desanimo me abate. Mesmo sendo a mais maravilhosa noticia, não é a sua voz que está do outro lado da linha.

E como está o meu cabelo? E a maquiagem, ta de enlouquecer?

Ah o amor... que tolice essa história de sentimentos. Perdemos tanto tempo falando dele que não o vivemos de fato.

Estou me tornando uma “guru” do amor corrompido. Se quiser umas aulinhas de loucura, apareça! Minha casa está que é puro incenso. Pode ser que assim você chegue mais rápido ou pegue logo esse telefone e ligue para mim, diga que tudo não passou de uma bobagem e que a gente vai ficar para sempre feliz. Será que essas estátuas que comprei vão servir para alguma coisa?

Eu comecei até a rezar e pedi a Deus que faça o milagre para eu poder acreditar Nele. Quem sabe com a fé as coisas se resolvem mais rápido?

Será que você escuta quando te chamo?