E agora multidão? Eagora cidade?...
E agora multidão?E agora cidade?
Os dia estão nublados,estamos em plena festa do fim do inverno,
ainda caminhamos pelas gramas cinzentas,plantadas pelos vermes.
A cidade!Corre,grita,anda em lentidão,a multidão agoniza.
O sofrer me leva ao labirinto da investigação,sou um perito ambulante,no instante em que a cidade me observa.
Choram as flores,a água seca as gotas,as praças dormem,
os artistas voltam ao tribunal da inquisição,enquanto a
juventude senta em cima dos diplomas.Falta o pão e também a
canção.
Em meio aos passos sem passos,encontro a passarela,e nela,
desfilam os faraós do sertão,mais a diante chega os coronéis,
os ditadores de capa escura ,o pão e o circo é a paisagem
"caminha" a política.
O momento silencia a alma humana que me veste,
abro um livro,folheio páginas,encontro Drummond;se você
gritasse,se você gemesse,se você tocasse a valsa vienense...
Observo atentamente a alma do autor,me perco e me procuro.
Cadê vc e eu?onde estão os homens?em que esquina está Marias e joãos?
Agora sigo nos braços da reflexão,eu plebeu,eu átomo pensante,
eu carne frágil,eu medo,eu gente,eu interrogação;nós podemos voar.
Acordemos vilarejo,vamos na valsa do amor.(Érika)