NOME E NOMES...
O nome significa quase 100% do marketing. Sem exagerar muito pesa uns 80%. O nome de um livro, por exemplo, incentiva a leitura. A gente é sugestionada a ler uma matéria muitas vezes pelo seu título.
Imagine você, que coloquei uma crônica intitulada “Folclore Piauiense” no portal “Recanto das Letras” no dia 29.04.2009 e com pouco mais de 90 dias de publicada já tinha sido lida por 1.796 pessoas. Aproximadamente 20 leitores por dia. Não sei mesmo o que chamou atenção. Se o Piauí ou o folclore. Curioso é quase não houve comentários do que foi escrito. Fiquei sem saber se agradei ou não. Já a crônica: Mulheres – Verdades e Mitos, publicada no dia 26.04.2009 foi bastante comentada apesar de ter sido lida apenas por 110 pessoas, levando em consideração o mesmo período de publicação da anteriormente citada. Esta crônica eu sei que agradou muito.
O escritor, como diz Rubem Alves, quer ver sua obra devorada. Quando entrega seu livro para o público, ele diz: “Comam, bebam, esta é minha carne, este é meu sangue”. O site do recanto das letras é muito gratificante, porque a gente sabe quantas pessoas leram a matéria publicada e ainda tem os comentários incentivadores ou às vezes críticos, mas tudo vale a pena.
Continuando a falar sobre como os nomes e títulos atraem o leitor, uma vez vi um professor orientar um aluno a colocar na autoria de seu artigo a inicial do seu nome e o sobrenome. Assim, autor: F. Silva, porque o seu nome era muito comum e não iria inspirar credibilidade. Não sei até que ponto ele estava certo. Para mim, por exemplo, não faria efeito, mas há quem afirme que este tipo de estratégia é válido.
Eu tenho duas amigas que mudaram de nome. E olhem só, que o nome delas não era tão feio assim. Se fosse pelo menos “Fulustreca”, “Orina”, “Liazor”. Mas uma se chamava Graça e a outro Socorro, hoje uma é Karina e a outra Suely. Nomes sofisticados, diferentes, conforme alguns dão mais status.
Achei engraçada uma história sobre nome que me contaram um dia desses. Certa pessoa mandou um convite endereçado a “Jesus Miranda”, solicitando seu comparecimento na inauguração de sua loja feminina. Enfatizava a linda coleção de vestidos, de sapato altos, da nova linha de maquiagem, tudo de bom gosto e qualidade combinando com o perfil da pessoa convidada, assim estava escrito na correspondência. Coisas de marketing, estratégia para conquistar o cliente.
Ao receber o convite o Sr. Jesus, ficou muito indignado por ter sido confundido com uma mulher. No envelope viu que a pessoa remetente se chamava Zezé Soares. Através de sua secretária agendou um encontro de negócios num restaurante chique com a dita cuja, chamada Zezé. E após a confirmação do convite, comprou flores, caprichou no visual e no perfume e estava no ponto para mostrar a “Zezé” que “Jesus” era homem, capaz de seduzir e encantar qualquer mulher, até aquelas bem sucedidas nos negócios.
Chegando ao local combinado, esperou, esperou e nenhuma mulher adentrava naquele recinto. As flores já estavam murchando, o perfume ficando vencido e ninguém do sexo feminino aparecia, a não ser aquelas que entravam com seus pares. Decepcionado, percebeu que estava de bobeira. Pagou o chope que havia tomado e já na saída viu chegando um senhor bem humorado que gritou de longe.
- Zezzzzzzzzzé, há quanto tempo. Que você está fazendo ai sozinho?
- Estou aguardando uma pessoa que marcou comigo um jantar de negócios e não apareceu até agora.
O Sr. Jesus pensou: Zezé não é nome de mulher? Saiu de fininho como se não fizesse parte desta história. Que mico!!
É bom que a gente fique atenta ao escolher um nome ou um título. Viu aí toda esta confusão?!!