ANTA CIBERNÉTICA
Esse título me chamou a atenção ao ler umas desculpas de uma blogueira. Chamou a atenção é eufemismo para o puxão de orelhas que senti. A gente hoje vai comprar um computador e tudo o que o vendedor sabe dizer é tantos giga, tantos RAM, wireless... Ou seja, todos os recursos que o equipamento possui, mas ninguém sabe explicar como usar. E os manuais vêm com uma linguagem que só quem é especialista no assunto entende. E olha que já fiz cursos de DOS, Windows, Word, Excel e o escambau. Mas adiantou pouco.
É como aprender a dirigir num fusquinha e comprar um carro ultra moderno. A gente não esquece como se dirige, não esquece o controle de embreagem, não esquece as regras básicas do trânsito. Depois vem o carro novo, com retrovisor do lado direito, cambio automático, computador que controla injeção de combustível... Até aprender, é inevitável dar umas navalhadas no trânsito. Curso de informática a gente tem que fazer toda semana. Ou então deveria algum nerd ter a brilhante idéia de colocar um alerta na net nos programas mais usados universalmente para nos ensinar a manusear todas as novidades que aparecem. E como aparecem!
O bom da tecnologia é quando a gente a controla. Quando é ela que controla a gente, dá um medão danado. Lembro a primeira vez que dirigi um carro hidramático do meu patrão. Não tinha o pedal da embreagem. Cada vez que eu sentia a necessidade de passar uma marcha (desnecessária), pisava naquele pedalzão que era o freio e dava uma brecada no meio da rua. Não levei uma batida na traseira por pura sorte. E nem ia ter aquela desculpa de que quem bate na traseira está errado.
Ultimamente tenho me sentido assim com o computador. Eu não consigo dominá-lo. Me lembro do primeiro curso sobre windows que fiz e o rapaz começava as aulas assim: - Gente, o computador é uma máquina burra. Ele só faz aquilo que você lhe mandar. Quem é inteligente somos nós. Que arrogância do cara! Acho que ele se enganou redondamente. Pelo menos no meu caso!
Fui convidado para participar de alguns sites de literatura em que determinados procedimentos (que chamam de básicos) têm que ser formalmente cumpridos. Me enrolei todo, os textos não saíram publicados. Mandei e-mail achando que estava sendo censurado ou tinha desagradado com textos de baixíssima qualidade ( se bem que pode ser isso!).
As aulas de datilografia eram explicadinhas, gente! Eu conhecia um teclado da máquina de escrever como ninguém. Ai, que Saudades da Dona Ruth.1
------------------------------------------------------------------------------------------------
1 - D. Ruth foi minha professora de datilografia.