O BRASIL NA COPA DE DOIS MIL ERREI

O BRASIL NA COPA DE DOIS MIL ERREI

(Autor: Antonio Brás Constante)

A copa do mundo é uma caixinha de surpresas, onde se depositam esperanças e se retiram vitórias e derrotas. Gritos e suspiros. Sonhos e decepções. Tudo isto gerando milhares de dólares e alavancando campeões. A Espanha demonstrou em seu primeiro jogo, como é que um time considerado favorito em sua chave deve jogar para que possa merecer a alcunha de campeão. Mostrando que é possível presentear os torcedores de seu País com uma bela goleada no time adversário. Espero que os jogadores do Brasil tenham assistido a este jogo e aprendido com ele.

Falando em Brasil. Discordo totalmente das pessoas que comentaram que o Ronaldo Nazário jogou mal. Isto é pura mentira. Digo isto simplesmente porque ele não jogou. Sua posição dentro do estádio estava totalmente errada, já que lugar de doente é na enfermaria e não em Campo. Na realidade o “fenômeno” é considerado (e com razão) um jogador de “peso”. Por esse motivo, talvez ele devesse ser emprestado para seleção da Costa do Marfim, pois pelo que entendi, são eles que apreciam os elefantes.

A única lógica de se colocar alguém nas condições dele para jogar só pode ser explicada pela pressão dos patrocinadores, que investiram milhões em sua imagem e agora fazem questão de colocá-lo em campo. Nem que seja para interpretar o papel de espantalho. Um espantalho que não conseguiu intimidar as aves da Croácia que voaram livres para jogar ao seu redor.

Se o Brasil jogou mal, foi por terem sido escalados dez jogadores e uma estátua viva de algo parecido com o Buda, que ficou firme e imóvel em sua posição, até se darem conta que ele não iria se mexer e que deveria rolar para fora do campo abrindo espaço ao jovem Robinho, que chegou roubando a atenção e a bola, demonstrando como gostaríamos que um atleta brasileiro jogasse futebol.

Inicialmente muitos acharam que pela quantidade de estrelas no time do Brasil, bem como pelo uniforme “diferente” (para não dizer estanho) do outro time, a partida seria uma espécie de jogo de xadrez, onde a seleção brasileira forneceria as peças e os lances e a Croácia entraria com o tabuleiro. Porém, já nos primeiros minutos de jogo, percebemos que era o Brasil que estava levando sucessivos “xeques”. Para o nosso alívio o “xeque-mate” acabou acontecendo graças à habilidade de um de nossos jogadores.

No final das contas, o “quarteto mágico” se mostrou composto primeiramente por Dida, o goleiro, que fez milagres na defesa. Kaká, pois foi através de seus pés que o gol de honra aconteceu, nos concedendo a sonhada vitória. Ronaldinho Gaúcho que demonstrou garra e vontade em campo motivando seus colegas. E principalmente pelo Adriano, que mesmo não jogando bem, acabou puxando a brasa para o nosso assado quando puxou o capitão da Croácia, que lesionado teve de sair de campo. Se isto não tivesse acontecido, acredito que o resultado poderia ter sido outro, com um empate ou mesmo derrota do Brasil.

Por fim, fica a nossa torcida, para que o time brasileiro ganhe e todos os demais times percam. Para que a partir de então possamos nos concentrar em uma outra competição. As eleições. Pois no jogo político, com certeza somos nós que sofremos as faltas, e se não acompanharmos de perto seus lances acabaremos sendo os grandes perdedores.

(SITES: www.abrasc.pop.com.br e www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)

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Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 15/06/2006
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