Edson Gonçalves Ferreira
Sexta-feira, dia 14.08, foi um dia fantástico. Para começar, sexta-feira é véspera de sábado e, aos sábados, a humanidade tira o dia para momentos especiais o que, no nosso caso, começou na casa do casal Dr. Paulo e Dadinha Hurtado que, gentis, nos convidaram para brindar o aniversário do anfitrião com um jantar movimentadíssimo nessa residência que prima pela arte de bem-receber e, também, pelos dotes artísticos da anfitriã.
Cheguei acompanhado de outra aniversariante Dra. Susana Cordeiro Andrade Gripp e, assim que chegamos, corremos para abraçar o casal e os filhos Rubens e sua bela esposa Raquel e Renato Hurtado. Enquanto fazíamos a “festa”, ouvimos a voz inconfundível de Luciana Rios, chegando acompanhada do esposo Dr. Marco Antônio Rios. No bom sentido, a “thurma” estava formando. Depois, chegaram Dr. Aldebaran e Maria Helena Seixas e, também, o risonho Dr. Cláudio Castro. Era uma promessa de noite fantástica.
O assunto, é claro, no primeiro momento, foi a minha viagem a Portugal. Falei da Malubarni e do Miguel, da Susana Custódio, do Zé Albano, da Dulce Leal, do Joaquim Evônio, enfim da calorosa recepção que tive em Portugal e, inclusive, sobre a minha prima cantadeira Isabel Gomes Silvestre que vive, em Manhouce, terra do meu avô. Eles ouviram atentamente.
E,depois, conversamos e brincamos até. Não posso me esquecer de que Marco Antônio gosta sempre de me provocar por causa do meio artístico. Eu acho uma graça! As mulheres que já são lindas estavam esplendorosas. E, aí, é claro, rolou aquele vinho saboroso e uísque e outras bebidas divinas, enquanto todos se serviam das entradas, colocadas numa mesa sublime pela anfitriã Dadinha Hurtado.
É bom frisar que Dadinha Hurtado é uma artista plástica e uma artesã primorosa. Quem não a conhece precisa conhecer. Uma parte da noite foi para brincar com ela, porque para o casamento recente do filho Rubens com Raquel, ela fez todos os arranjos e os brindes para os padrinhos e para todos os convidados. Um luxo só, amigos e amigas! E, então, brincamos com ela, porque ajudá-la é um suplício, porque ela observa os mínimos detalhes. “Detalhes tão pequenos de nós dois...”, não é mesmo, Dadinha?
A noite estava linda e há um perfeito entrosamento na nossa “thurma” e, assim, quando a jantar foi servido – não vou declinar o cardápio, ouviram? – não houve aquele silêncio terrível. Continuamos a conversar, observando, é claro, a etiqueta. A gente não fala de boca cheia, não é mesmo? As sobremesas estavam deliciosérrimas e, depois, gozando – no bom sentido da palavra – desafiaram-me para que eu cantasse um fado.
Como bom geminiano, embora tivesse bebido vinho e acabado de jantar o que não é bom para a voz, resolvi atender os pedidos e, então, homenageando os três aniversariantes: o anfitrião Dr. Paulo Sérgio Hurtado e, ainda, Dra. Suzana Cordeiro Andrade Gripp e Dr. Marco Antônio Rios, interpretei “Foi Deus”, imortalizado pela voz inconfundível de Amália Rodrigues.
No meio da música, quase engasguei, porque, como eu disse, tinha bebido e jantado. Não é bom cantar, sem antes fazer exercícios de aquecimento e, tampouco, depois de beber álcool que dilata as cordas vocais. No entanto, eles gostaram e, então, joguei minha echarpe para trás e, sorrindo, disse para o Marco Antônio: __ Olha, para cantar o fado, eu precisava estar vestido de negro e usando uma echarpe negra também, viu?
Todos sorriram e a noite continuou esplêndida e, agora, registro esse encontro, cumprimentando, mais uma vez a minha querida amiga Dadinha e seu esposo Paulo e a simpatia dos meninos: Rubens e Raquel e Renato. Até a próxima. Agora, estou de novo, tomando um cálice pequenito de vinho, vocês aceitam?
Divinópolis, 15.08.09