Coração valente, coração covarde
Coração valente, coração covarde!
Maria Gomes de Almeida
Após tantas idas e vindas, a situação permanece e insiste.
E eu desisto!
Quando se crer tudo resolvido.
Eu insisto!
Outros caminhos a percorrer!
A paz que ora reinara, já não existe mais. Tudo desaba e até nas finanças conseguimos nos desentender.
Eu em minha convicção de que estou assumindo quase todas as contas da casa.
Ele se diz explorado, extorquido. Esta certo de que é o contrário.
Brigamos.
Brigamos até pelas finanças da casa.
E me pergunto mais uma vez, até quando?
Muitas vezes me perguntei.
Muitas vezes me perguntaram.
As perguntas me angustiam, mas para elas ainda não obtive respostas.
Falta-me atitude. Falta-me coragem.
Eu decida que sou.
Que amor é esse que me aprisiona?
Embora sentido que meu fardo esta imensamente pesado, não consigo abandoná-lo.
Certa vez me disseram. Saia desse teto! Viva!
Porque não consigo?
A certeza de que sou decidida, inteligente, bem resolvida parece ser uma farsa.
Sinto-me seqüestrada e não consigo me libertar.
E o coração antes valente não passa de um coração covarde