Coração valente, coração covarde

Coração valente, coração covarde!

Maria Gomes de Almeida

Após tantas idas e vindas, a situação permanece e insiste.

E eu desisto!

Quando se crer tudo resolvido.

Eu insisto!

Outros caminhos a percorrer!

A paz que ora reinara, já não existe mais. Tudo desaba e até nas finanças conseguimos nos desentender.

Eu em minha convicção de que estou assumindo quase todas as contas da casa.

Ele se diz explorado, extorquido. Esta certo de que é o contrário.

Brigamos.

Brigamos até pelas finanças da casa.

E me pergunto mais uma vez, até quando?

Muitas vezes me perguntei.

Muitas vezes me perguntaram.

As perguntas me angustiam, mas para elas ainda não obtive respostas.

Falta-me atitude. Falta-me coragem.

Eu decida que sou.

Que amor é esse que me aprisiona?

Embora sentido que meu fardo esta imensamente pesado, não consigo abandoná-lo.

Certa vez me disseram. Saia desse teto! Viva!

Porque não consigo?

A certeza de que sou decidida, inteligente, bem resolvida parece ser uma farsa.

Sinto-me seqüestrada e não consigo me libertar.

E o coração antes valente não passa de um coração covarde

Maria Gomes de Almeida
Enviado por Maria Gomes de Almeida em 15/08/2009
Código do texto: T1755748