Causos da Antônia - 2

Ainda a boa e velha Antônia.

Num belo dia, ela olha para minha cama, suspira e diz com a voz sonhadora:

– Essa colcha deve de ser boa pra rebuçar...

– Boa pra que, Antônia?

– Pra rebuçar, uai!

Eu aqui já estava pensando bobagem, posto que a sonoridade da palavra lembra mesmo uma bobagem, e ri meio maliciosa, meio sem graça, e então vi que ela me olhava sem entender minha reação.

Daí decidi perguntar o que é rebuçar, ao que ela respondeu:

– É ponhá por riba. Cobrirrr, igual ocês fala.

Ah, bom.