ANALÍTICA SEMPRE! CHATA JAMAIS!
Há tempo deixei de ser crítica. Mas, admito a mim e a você, que já fui muito cricri. Uma pentelha com todos os “entes” cabíveis às pessoas intransigentes e inconvenientes.
Graças a mim mesma (vou deixar Deus fora desta história), conclui que ficar lançando críticas pelo universo não modifica uma única partícula deste imenso cosmos, pelo contrário, torna o clima denso e desagradável e faz da pessoa uma chata.
Junto com tudo isto, compreendi que a tal diversidade - que está tão em moda - sempre existiu no chavão “ninguém é igual a ninguém”, em gênero, grau, número, mente e coração.
Portanto atenção! O que é horrível para você, pode ser ótimo para o cara sentado ao seu lado. Sendo assim, é sempre recomendável tomar o velho chá de Simancol e não sair por aí achando que é o dono do pedaço, dizendo o que é bom e o que é ruim para a humanidade.
Onde estou querendo chegar? Tentarei explicar.
Você já assistiu ao filme Elizabethtown? Ou se preferir com o título brasileiro: Tudo Acontece em Elizabethtown. Pode haver dois motivos para você não ter assistido: Primeiro, porque é antiguinho (2005). Segundo, porque foi muito menosprezado pela crítica.
Agora, pergunte para mim quantas vezes o assisti? Acabo de adquiri-lo em DVD, simplesmente porque sinto vontade de voltar a assisti-lo sempre.
Os irretocáveis atores (em minha opinião) Orlando Bloom e Kirsten Dunst, protagonizaram a mistura de emoções e sentimentos que se desenrolam durante toda a história e que (aos meus olhos acríticos), pareceu pura filosofia sobre os indesviáveis labirintos da vida. Para completar, vem com uma trilha sonora impecável para embalar as cenas do início ao fim.
Pronto! Não pretendo convencer ninguém de que é um filme emocionante, contagiante, cativante, pois estarei abusando de todos os “ante” que me tornariam uma pessoa petulante.
Admito que você tenha todos os direitos de considerá-lo um filminho medíocre e partilhe da opinião dos críticos ao achar que ele ficou indefinido entre os gêneros comédia dramática ou romântica. Que o consagrado ator não foi tão bom, comparado ao filme estrelado anteriormente e patati patatá...
Jamais irei brigar por isto. Mas, não nego que por algum tempo fiquei questionando a minha própria “ignorância” cinematográfica. Será que sou uma tapada em matéria de roteiros e atuações? Será que vou pagar um mico ao expor minha humilde e entusiasta opinião?
Quer saber do que mais? Tem muito vencedor de Oscar que, a mim, não mereceu a miserável pipoca comprada com empolgação
Apesar da opinião dos entendidos amei o filme de paixão. Elizabethtown faz parte da coleção dos meus preferidos e ponto final.
É por estas e outras que, ultimamente, todas as críticas que ousam vir parar na minha cabeça são recicladas e transformadas em ponderações: “Não é bom para mim, mas pode ser para você”. Entendeu?
O mundo está repleto de críticos. De cinema, de teatro, de música, literários e, (os mais insolentes) os críticos de pessoas. Todos podem ter seus motivos ao afirmarem que isto ou aquilo é ruim e que não presta. O que não podem, é achar que o resto do mundo deve pensar a mesma coisa.
Elizabethtown surgiu em meio à poeira dos rejeitados para se incluir na estante dos premiados por mim, independentemente das más línguas.
Já assinei o meu próprio tratado: Ao discordar de algo ou alguém, respiro até que o fogo da discórdia se apague.
Posso ser taxada de analítica sempre, mas chata, jamais!