UMAS e OUTRAS
Sou um ser social, tenho necessidade de interagir, adoro conversar, opinar, estar inserida no mundo, enfim, viver. Passeio na internet, leio notícias, curiosidades, bobagens, visito fóruns e até participo quando acho o assunto interessante.
Passeando por aí, visitei um fórum onde a polêmica era SER OU NÃO SER A OUTRA. Fiquei muito impressionada com o que li. De um lado as Umas, digo as mulheres traídas, do outro evidentemente as Outras, as quais prefiro não julgar e evitar generalizações.
Umas e Outras trocavam agressões, de tal modo, que me deixaram boquiaberta não pela coisa em si, mas pela estupidez!
Naturalmente as Outras eram agraciadas com termos pouco elegantes e é melhor não repetir aqui na íntegra. Diante das demais, as publicáveis eram palavrinhas meigas e doces: vagabundas, galinhas, interesseiras, destruidoras de lares, ladras de maridos (Opa! Este último é fantástico, rende uma crônica!).
As Umas diziam-se todas dignas e santas senhoras injustamente ludibriadas, trabalhadoras, honestas, sofredoras, até então vivendo o mais maravilhoso dos relacionamentos com seus amados maridos tragicamente roubados, etc...
E quem sou eu pra duvidar? Acho oportuno dizer que sou imparcial e que acredito em gnomos e duendes.
Notem, não faço apologia à traição, também não sou contra casamentos. Considero um casamento feliz a melhor das experiências que se pode viver. Entretanto, os triângulos e as separações são realidade e, se temos de vivê-los, que seja de uma forma mais digna e mais inteligente.
O que mais me deixou perplexa foi a pobreza de argumentos. Eram ridículos e absolutamente estúpidos. Ainda não sei se era para rir ou chorar...
Vejam bem, falo de internautas, uma fatia privilegiada de nossa população. Mulheres que sabem ler, escrever e acessam a internet. Pois é... Esse mulherio privilegiado ainda acha que seus maridos foram roubados.
Hello, hello! Acordem, lindonas!
Nunca vi tão santa e oportuna ingenuidade. Muito interessante o tal roubo de maridos, pelo jeito é como roubar um pirulito de uma criança.
Ah! Pode parar! Stop! Stop!
Neste caso, nem o pirulito é tão pirulito, nem a criança é tão criança e, muito menos o ladrão é tão ladrão assim! Ou o marido é um idiota sem personalidade, sem vontade própria, tão ingênuo, disponível e fácil de ser roubado como um pirulito? Bem, se eu tivesse um marido desses, agradeceria de joelhos se fosse roubado.
Ou, será a Outra um ser tão extraordinário e poderoso a ponto de apoderar-se de um homem contra a vontade dele? Não creio.
Talvez seja útil lembrar que a Certidão de Casamento não é um certificado de propriedade e nem um passaporte para a felicidade. Aquela folhinha de papel apenas certifica um contrato passível de rescisão por vontade de um ou de ambos os contratantes.
Opa! Von-ta-de! Que palavrinha esclarecedora!
Observando de longe, descompromissada com qualquer das partes, ouso dizer que o tal papelzinho atrofia os neurônios das portadoras. As traídas desprovidas da suposta garantia legal agrediam menos e defendiam-se de forma bem mais eficiente.
Raciocinem, por caridade! Ou por dignidade. Ou por praticidade. Ou por qualquer outra coisa, mas raciocinem! Ninguém é de ninguém nunca. E se fosse, ninguém rouba quem não quer ser roubado. E nada dura para sempre.
Se, o muitas vezes cruel até que a morte os separe foi coisa de Deus, podem ter certeza que até Ele já mudou de idéia.
Já pensaram se o digníssimo for um FDP saudável que vai viver até os 100 anos de idade? Não, Deus não seria tão cruel! Nada é para sempre.
E,"Nada do que foi será.. tudo muda o tempo todo no mundo..."
Ago 2009
*Satisfazendo a curiosidade popular e contrariando a maioria das expectativas, declaro-me em transição, portadora do papelzinho ainda...
Sou um ser social, tenho necessidade de interagir, adoro conversar, opinar, estar inserida no mundo, enfim, viver. Passeio na internet, leio notícias, curiosidades, bobagens, visito fóruns e até participo quando acho o assunto interessante.
Passeando por aí, visitei um fórum onde a polêmica era SER OU NÃO SER A OUTRA. Fiquei muito impressionada com o que li. De um lado as Umas, digo as mulheres traídas, do outro evidentemente as Outras, as quais prefiro não julgar e evitar generalizações.
Umas e Outras trocavam agressões, de tal modo, que me deixaram boquiaberta não pela coisa em si, mas pela estupidez!
Naturalmente as Outras eram agraciadas com termos pouco elegantes e é melhor não repetir aqui na íntegra. Diante das demais, as publicáveis eram palavrinhas meigas e doces: vagabundas, galinhas, interesseiras, destruidoras de lares, ladras de maridos (Opa! Este último é fantástico, rende uma crônica!).
As Umas diziam-se todas dignas e santas senhoras injustamente ludibriadas, trabalhadoras, honestas, sofredoras, até então vivendo o mais maravilhoso dos relacionamentos com seus amados maridos tragicamente roubados, etc...
E quem sou eu pra duvidar? Acho oportuno dizer que sou imparcial e que acredito em gnomos e duendes.
Notem, não faço apologia à traição, também não sou contra casamentos. Considero um casamento feliz a melhor das experiências que se pode viver. Entretanto, os triângulos e as separações são realidade e, se temos de vivê-los, que seja de uma forma mais digna e mais inteligente.
O que mais me deixou perplexa foi a pobreza de argumentos. Eram ridículos e absolutamente estúpidos. Ainda não sei se era para rir ou chorar...
Vejam bem, falo de internautas, uma fatia privilegiada de nossa população. Mulheres que sabem ler, escrever e acessam a internet. Pois é... Esse mulherio privilegiado ainda acha que seus maridos foram roubados.
Hello, hello! Acordem, lindonas!
Nunca vi tão santa e oportuna ingenuidade. Muito interessante o tal roubo de maridos, pelo jeito é como roubar um pirulito de uma criança.
Ah! Pode parar! Stop! Stop!
Neste caso, nem o pirulito é tão pirulito, nem a criança é tão criança e, muito menos o ladrão é tão ladrão assim! Ou o marido é um idiota sem personalidade, sem vontade própria, tão ingênuo, disponível e fácil de ser roubado como um pirulito? Bem, se eu tivesse um marido desses, agradeceria de joelhos se fosse roubado.
Ou, será a Outra um ser tão extraordinário e poderoso a ponto de apoderar-se de um homem contra a vontade dele? Não creio.
Talvez seja útil lembrar que a Certidão de Casamento não é um certificado de propriedade e nem um passaporte para a felicidade. Aquela folhinha de papel apenas certifica um contrato passível de rescisão por vontade de um ou de ambos os contratantes.
Opa! Von-ta-de! Que palavrinha esclarecedora!
Observando de longe, descompromissada com qualquer das partes, ouso dizer que o tal papelzinho atrofia os neurônios das portadoras. As traídas desprovidas da suposta garantia legal agrediam menos e defendiam-se de forma bem mais eficiente.
Raciocinem, por caridade! Ou por dignidade. Ou por praticidade. Ou por qualquer outra coisa, mas raciocinem! Ninguém é de ninguém nunca. E se fosse, ninguém rouba quem não quer ser roubado. E nada dura para sempre.
Se, o muitas vezes cruel até que a morte os separe foi coisa de Deus, podem ter certeza que até Ele já mudou de idéia.
Já pensaram se o digníssimo for um FDP saudável que vai viver até os 100 anos de idade? Não, Deus não seria tão cruel! Nada é para sempre.
E,"Nada do que foi será.. tudo muda o tempo todo no mundo..."
Ago 2009
*Satisfazendo a curiosidade popular e contrariando a maioria das expectativas, declaro-me em transição, portadora do papelzinho ainda...