QUISERA TER...

Amigo,

Quando imaginamos as sensações que alguém pode estar sentindo, na verdade, sabemos o que queríamos prá nós.

Quisera eu ter esta certeza, que você tem e eu ainda não, "do coração em plena festa, os olhos ligeiramente úmidos e a expressão de saciedade emocional da pessoa a quem os teus olhos acompanha".

Quisera eu saber da minha alma entregue...

O que vi no desenrolar da vida é que o outro é, e sempre será, um mistério... Embutiram um risco nas relações quando acreditaram que o "pra sempre" sempre acaba. Tornaram raro o que deveria ser eterno. Pegaram as pessoas e colocaram nelas alguma coisa que não sacia, alguma coisa que intriga a curiosidade, porque não é mais feio exercitar todas as possibilidades... Existe hoje um condicionamento, uma falha (que eu chamo de falha-de-carater) cada vez mais cultural do que humana... Mas vejo que as pessoas estão começando a sentir saudade de serem mais confiáveis, sentem saudade do pra sempre...

É preciso estar mais pronto prá que a calma dos encontros seja plena e acalme as inquietações. Estar em paz, chegar ao ponto exato, saber quando e onde parar é Divino demais... Procuro por esta pessoa :)

Enquanto não encontro, me dedico, sinto minhas emoções, deixo-me vibrar, mas não posso entregar minha alma como eu queria. Ela está mais segura em minhas mãos!

Observo em que ponto da caminhada as pessoas estão. Ofereço meus aconchegos, deixo-me aconchegar. Dedico minhas generosidades, envolvo com meus braços, aperto em meus abraços. Faço tudo que o meu amor quer que eu faça nas preocupações diárias, durante as orações, na entrega de meus carinhos, afagos, cuidados e zelos... Mas, observo.

(... quisera eu saber da minha alma entregue...)

Beijo

GLAUCIA TASSIS
Enviado por GLAUCIA TASSIS em 13/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1751824
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