Em 300 palavras: Senhor reality show
Em quase todos os canais da TV aberta existem os Reality Shows, alguns criticam, outros (como eu) ignoram, mas na realidade eles existem e são assistidos por muitos que não têm o que fazer. São de vários estilos como de sobreviver dentro de florestas, enfurnados dentro de uma casa ou concorrendo a uma vaga de emprego.
Essa praga televisiva começou nos EUA (onde mais?) em 1973 e se espalhou pelo mundo afora, aqui no Brasil o primeiro estreou em 2000 e só neste mês temos cinco desses programas nas telinhas tupiniquins. O grande problema desses shows não é o programa em si, mas no que se tornam os participantes que são pessoas anônimas até então. Uns viram atores, outros apresentadores, tentam virar cantores, mas todos são tratados como celebridade, porém isso é assunto para outra crônica.
A maioria deles tem em comum é o fato de serem escolhidos dois participantes e a audiência vota em um para eliminá-lo, este sai do programa. Nessas votações são excluídos, geralmente, aqueles que são encrenqueiros, fofoqueiros, brigões ou preguiçosos, desde que não abaixe os índices de audiência do programa. Aliás, alguns dizem que nada no programa é verdadeiro, até as brigas são roteirizadas pela produção.
Proponho adotar esse estilo de reality show sem as manipulações (é claro) lá no senado o que acham? Dos 81 senadores escolheríamos dois por semana, segundo os critérios o parágrafo anterior, e a população votaria em um que seria eliminado, já que eles não são competentes suficientemente para isso, nós faríamos, falando por mim, com muito prazer.
Só nessa última semana teríamos três para escolher apenas dois, seriam o atual presidente do senado José Sarney e os brigões Renan Calheiros e Tasso Jereissati. Assim uniríamos o útil ao divertido. Devo encaminhar a proposta à alguma emissora?