SE NÃO TENS OUVIDOS PARA A MINHA DOR, RI DE MIM

Maysa cantava. A música dilacerava os meus ouvidos, baixei o som. Não eram palavras de Maysa que eu buscava. Maysa falava de tristeza, de desencontros, de despedidas...Ah! Que importa Maysa, são palavras tuas que eu procuro sempre que busco, só que não te encontro quando procuro. Sabe, foi tudo tão de repente, sem desfecho você disse adeus e desde então eu passei a conhecer o desencanto, a inquietação, a angústia e nada mais faço do que me indagar: por quê? Por quê? Por quê? Ah... se a dor que eu sinto fosse música, queria que você ouvisse a minha dor. Se a dor que eu sinto fosse de amor, queria que você ouvisse a minha dor de amor. Se a tristeza que sinto é de amor, queria que você ouvisse a minha tristeza de amor. Mas se você não tem ouvidos para a minha dor, ri de mim...

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 12/08/2009
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