MAIS PAREÇO O TOLO DE MOLIERE
O grego Eurípedes deixou dito que os sábios têm duas línguas, uma para dizer o que pensam e a outra para falar conforme as circunstâncias: quando o querem, têm talento para fazer o preto parecer como branco e o branco como preto, soprando com a mesma boca o calor e o frio e exprimindo com palavras exatamente o contrário do que sentem no peito.
Por não ser sábia eu me contentaria com uma só língua, contanto que eu pudesse dizer exatamente o que sinto e por não dizer, mais pareço o tolo de Moliere que não diz nada, apenas amarga o silêncio seu e do outro que é sábio e há de convir que o silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar, já dizia Josh Billings.
Não sabe o outro que é sábio, que a ausência, o silêncio só diminuem as paixões medíocres e aumentam as grandes, agem assim como o vento que apaga as velas e atiça as fogueiras. La Rochefoucauld, que o diga...
A propósito, esta crônica faz sentido, hoje é segunda-feira...