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Crônica de uma morte desanunciada

Às 6,45h da manhã do dia 29 de janeiro,uma segunda-feira com

> raios e trovoadas dentro e fora de mim,tomei meu café ,que não era nem

> café,pois a cafeína fora proibida: leite quente adoçado e torradas com

> requeijão e dois minipães diets,que Creusa descobriu na galadeira.Às 9,55 h

> chegamos ao Hospital Santa Mônica: Medicina Nuclear.Bem na hora!Instruções

> repassadas, esperei minha vez que logo chegou: uma veia bem achada..êta

> enfermeira competente,nem me picou cem vezes,como é costume

> acontecer...injetado o líquido que ia fazer o constrate veio a segunda

> etapa: comer uma coisa gordurosa na cantina,pro fígado funcionar.Lá fomos

> nós: Creusa ,Leandro e eu toda contente: comer? Mal sabia eu que a tensão

> tirara minha alegria gulosa: empurrei enjoada a coxinha com suco de pêssego

> diet..esse sim,uma delícia.Quarenta minutos depois voltei :estava quase na

> minha hora.Na sala de espera conversei com uma outra "cardíaca",casada com

> ex aluno da antiga Esal e moradora agora de Arcos,três

> filhos,netos..etc..etc..me lembrei da Neusinha e me reconheci nela: minha

> mãe conversava com Deus e todo mundo e em qualquer lugar...rsrs.Leandro quis

> ficar na sala do exame comigo...vinte minutos deitada com o braço direito

> amarrado ao longo do corpo e o esquerdo dobrado acima da cabeça e a

> "filmadora" passando pra lá e pra cá.Tudo bem no começo mas nos últimos

> minutos eu sentia dor e caimbrãs e vontade de pedir:parem,quero descer.No

> meu limite,o exame terminou ou quase: o médico descobriu que o fígado não

> colaborou( será devido a minha má vontade em comer a coxinha? inheco...rsrs)

> e eu teria que refazer o exame minutos depois...tudo de novo com menos

> tensão de minha parte e mais dores no braço.Antes do meio-dia fui

> encaminhada pra segunda etapa: estresse sem esteira, em repouso.Esse o meu

> medo maior: injetaram um líquido numa outra veia "facinha" e eu senti todos

> os sintomas de uma esteira: dor no peito,pernas pesadas,coração

> disparado,cabeça tonta.O médico simpático e calmo me pediu que lhe relatasse

> o que eu ia sentindo e fui falando:dói o peito e muito,doem as

> pernas,coração saindo pela boca..quando a dor chegou no braço esquerdo ele

> pediu a enfermeira quer me aplicasse o líquido revertedor do quadro de

> estresse.Demorou uns minutos pra tudo parar de doer e pronto..minha fantasia

> era que o coração acelerado não voltasse ao normal,devido à

> arritmia.Benditos recursos modernos..alívio.!!!!!Fomos almoçar na cidade.O

> sol saiu esquentando tudo,deu tempo pra ir ao ap ,escovar os dentes e

> colocar uma sandália fresquinha.Antes das 16 horas,chegávamos ao hospital.De

> novo a sessão de fotos,agora ligada aos fios do eletro..mais vinte minutos

> de imagens bonitas e reconfortantes, o que pra mim significa nadar nas águas

> da lagoa da minha infãncia e me lembrar dos meus fiinhos e norinhas nas

> inúmeras situações em que estivemos juntos e felizes.Antes da 17 h já

> saíamos do hospital: exames prontos na sexta-feira.Creusa vai pegá-los pra

> mim...levar ao médico,eu ligo pra ele daqui...se ele quiser me ver eu

> vou...e aí teremos o segundo e quem sabe último capítulo dessa minha

> crônica.Ps: agradeço minha irmã Creusa e meu sobrinho afilhado: a presença vcs dois me deu forças pra rir e encarar tudo com mais coragem.Aos meus

> amigos e amigas,virtuais e não virtuais que me cobriram com o carinhos das

> suas preces e mensagens de apoio.Meus filhos, minhas noras,cunhadas,amigas

> lavrenses...uma lista infinita e infinitos pensamentos positivos chegaram

> até meu coração e me aqueceram.

Janeiro de 2007

maria neusa
Enviado por maria neusa em 09/08/2009
Reeditado em 11/08/2009
Código do texto: T1744815
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