Cariocando (parte V) Perdidos no Rio de Janeiro

Acordamos com um mal tempo, chovia e o mesmo estava escuro.

Tomamos um café dos deuses, Leila preparou tudo da melhor forma possível talvez precisasse de mais algumas pessoas para consumir tudo o que ela desejava só para nós.

Após o café meu namorado foi para o banho e em seguida eu, Leila mais uma vez me mostrava todo seu arsenal de cuidados femininos, cremes para todos os gostos, shampoos diversos, perfumes variados. Eu sou um pouco "pão duro", só compro outro se um estiver acabando e dois vidros de perfume no armário do banheiro só se tiver ganhado algum de presente.

Depois de um digníssimo café, eu tive um banho de uma noiva no dia do casamento, comecei pelo shampoo que recusei a levar minha necessaire para o banheiro. Escolhi um shampoo de jaborandi para queda de cabelos. Eu andava preocupada depois de ter sido duplamente avisada (por Cla,minha mestra e por Dra. Leila), que eu teria queda de cabelos por ter feito o selante em meu cabelo.Cortei por causa da queda e agora tenho que "dormir com esse barulho.".

Após o uso do shampoo, sabonete phebo,(o cheiro me arremessou a um lugar do meu passado), percorrendo momentos bons já vividos e agora reescrito.

Ao sair do box, olhei para o secador de cabelos, sequei meu cabelo, escolhi entre a variedade de desodorantes, depois creme para o corpo, creme para o rosto, creme para as mãos e me olhei no espelho e pensei "sou eu mesmo que saio do banho ou Leila?" Pelo menos o cheiro seria todo dela. "Que nada os perfumes interagem com a pele, e temperatura, eu sou eu mesma com cheiro novo.".

Ao sair do banho e me trocar, Leila me mostra vários perfumes para eu escolher.

Saímos de casa com um dia que meu namorado e Leila dizia ser triste, eu não, não sei porque eu também consigo ver certa beleza nos dias nublados e chuvosos, talvez seja estes dias que posso ficar em casa e desfrutar da leitura de livros, ver filmes e ainda ir para cozinha e preparar algo para ser confraternizado na mesa.

Resolvemos que iríamos para o Barra shopping depois de caminharmos de taxi algumas horas a beira da praia (não lembro nome dela,depois pergunto a Leila e corrijo).

Descemos no Barra Shopping, eu desejava comprar óleos aromáticos, andamos e não encontramos, eu e meu namorado estavamos um pouco irados, eu disse a Leila que gostaria de sair dali por as energias do shopping estava nos enfurecendo e ela disse sentir o mesmo. Tomamos outro taxi e fomos conhecer uma peixaria, onde há restaurantes. Mortos de fome almocamos ali mesmo.

A garconete era muito simpática, nos serviu com se servisse reis e raínhas. O que mais gostei no Rio é a prestacão de servico, não que em Ribeirão seja ruim, mas é que já desacostumei destas paparicacões, já que aqui na Suécia não existe prestacão de servicos, se você gostou, gostou, se não gostou o comerciante não se incomoda se você não voltar mais, mesmo porque aqui a concorrência não é tão ferrada igual ao Brasil.

Se é concorrência ou não, mesmo sentindo constrangida, era bom ser bem tratada.

Após o almoco enquanto aguardavámos o taxi de volta para casa, ficamos fotografando buquês de flores na floricultura do mercado de peixes.

Voltamos para casa, dormimos o resto da tarde e a noite que era para irmos ao Rio Antigo acabamos por ficar no Myer mesmo. Existe um restaurante português e fomos tomar um chopp com bolinho de bacalhau. Tudo era perfeito, estava uma delicía!

A prima e um casal de amigos de Leila foram nos encontrar no restaurante.

Tomamos mais chopp, bolinhos de bacalhau acompanhado com muita chuva. E o papo era animado.

Dei algumas sugestões em Feng Shui para o casal de amigos de Leila que estavam mudando de casa. Pena eu não ter mais tempo para fazer uma consultoria e corrigir o ambiente.

No sábado após o café da manhã e ja ter enfiado na mala parte do que não conseguimos comer na casa da Leila, fomos em direcão ao Cristo redentor.

Ao acordar o tempo ainda não estava firme, olhei para a janela e disse a Cristo: "Cristo que cuida Rio e do resto do mundo, eu vim aqui a primeira vez. Vir no Rio de Janeiro e não conhecer o Cristo Redentor é como ir à Riberião Preto e não ir ao Pinguim tomar chopp". A expressão é o contrário, usada em minha cidade no Brasil.

Meu coracão também é geograficamente dividido, amo meu país,amo a cidade onde nasci, a cidade onde cresci, a cidade onde nasceram e estão os meus filhos e netos; amo o país que me acolheu, amo a cidade onde vivo. Agora mais um amor em minha vida a cidade onde vive as minhas amigas: Leila, Dejê, Jaq, os avós de minha nora, os pais de minha nora e seus irmãos.

Caracas, onde passo deixo um rastro de família que só vai crescendo.

A repsosta de Cristo veio. Imediatamente o céu se abriu num tímido sol saudando a minha vinda ao Rio. Seguimos para o Cristo, e apesar da oferta para subida de Vans, fomos de trezinho que é mais emocionante.

Ao descer a cada pedaco nós tirávamos fotos e meu namorado me beiijou discretamente para uma foto e nos separamos antes que Leila pudesse ter fotografado. E Leila disse: "Calma, eu ainda não fotografei, beijem!".

Ouvi um comentário em alto e bom som:"Beijar é tão bom, não sei porque as pessoas ficam com vergonha de beijar!". Aceitei o comentário, ele não me servia, talvez pudesse servir a alguém por ali.

Eu só poderia dizer:"Não tenho vergonha de beijar, eu beijo muito, eu só quero agora poder desfrutar com meu namorado e minha amiga este momento mágico.", mas nada disse porque, eu sei o que sou e o que eu faco.

Eu experimento tudo com o corpo, com a minha vida e não movo minha vida por falsas estatística.

Para eu desenhar uma árvore ela terá mais sentido se eu antes tiver subido nela e saber da sua composicão - tronco, galhos, folhas e das flores ou frutos.

Para eu dizer que eu creio que ao rogarmos a piedade de um bandido e a piedade de um policial e que seremos atentido pelo bandido e muito pouco provável pelo policial é porque eu já experiementei as duas coisas.

Eu até posso ter falado bobagem, eu até posso pensar que penso, mas de uma coisa eu sei que sei. Sei ler e sei interpretar. E sei poder me colocar em ambos posicões.

Voltando para o Cristo, mais uma vez eu pude experiementar com o corpo, deitar no chão para fotografar o Cristo, ser pisada e depois dar um sorriso de tudo bem, "sou eu que estou no meio do caminho".

Olhamos o Rio de todos os lados, vimos, fotografamos o que nossas camêras pode capturar e capturamos o que nossas mentes pode registrar. Saímos dali cheios de energias vibracionais que acredito que todos saiam de lá com essa mesam energia.

Sai com algo a mais do que todos, meu namorado encontrou um par de anéis de coco. Me preparava para uma foto e ele me disse: "Espere!" e eu fui até o local para o ver o que se passava e ao chegar silenciosamente, ele colocou um anel em meu dedo e o outro em seu dedo. Está certo que cada um coube nos nossos dedos mínimos, mas o que ficou foi a atitude.

Após o Cristo fomos para a Urca. Fotografamos a praia, e eu tentava incesantemente fotografar a bandeira do Brasil que voava.

Almocamos no restaurante do local, tomamos caipirinha de maracujá, caipirianha de limão e eu já nemm lembro mais o que comi,, mas sei que a comida era boa.

Após o almoco eu e Leila tiramos o sapato e andamos na areia, meu namorado registrando os últimos momentos com Leila.

Dali saimos e fomos para casa, pegar nossas malas e voltar para o nosso mundo. Deixando para atrás o que não conseguimos fotografar, e o que não consigo escrever tudo. Mais tarde leila irá também escrever nossa história sob sua ótica.

Eu mal pude me abracar, despedir e agradecer a Leila por tudo, por que o taxista da Urca estava um pouco estressado e resolveu criar problemas com ela.

Mas eu faco isso agora: Leila, muito obrigada por tudo, você é hospitaleira, carinhosa, você é um ser superior, e espero que você possa superar esta fase de sua vida em cima do salto. Por que você pode ser pequena em estatura mas carrega um coracão maior do que você. Te amo!

Aos cariocas que nos receberam bem, o meu muito obrigado e que Deus possa ampará-los sempre. Aos que estavam indiferentes, mesmo assim o meu muito obrigado, vocês fazem parte história da Cidade Maravilhosa qque é um pedaco do meu país, faz parte da minha história.

Quantos aos policiais honestos eu peco desculpas e peco a Deus que cada vez mais possa se incorparar pessoas honestas no policiamneto do meu país. Ou melhor dizendo, que possamos ter um mundo melhor onde não se precisa de policiamento, onde as pessoas possam ser íntegras. Eu creio neste mundo melhor.

Carinhosamente.

gisaonline
Enviado por gisaonline em 09/08/2009
Reeditado em 09/08/2009
Código do texto: T1744525
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