A poesia da distância
A POESIA DA DISTÂNCIA
Os nossos sonhos
Vão se perdendo na distância...
No entanto,
O nosso espírito ainda sente
O último frescor da aurora
Bafejar-lhe o rosto,
O reverente crepúsculo
Oscular-lhe a face
E a cândida noite
Acariciar-lhe a fronte.
Esse sonho é imortal!
A minha poesia também
Vai se perdendo no esquecimento...
No entanto,
Como um poeta moribundo,
Canto na minha lira
A pátria que me parece tão distante,
Embora nunca me tenha aparatado dela.
Canto a pátria da minha meninice,
A grama verde, a capela branca
E o meu primeiro lar
Os nossos sonhos e a minha poesia
Estão irmanados pelo desejo de felicidade.
Gostaríamos imenso de traduzi-la
Na pureza de nossos desejos!
E então,
Os meus poemas cantariam
O céu que possuímos na terra:
-- Um lugar onde podemos fazer
Nascer e florir
Um verdadeiro amor...
Um eterno amor!
João Bosco C. Marques.