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Pré-estréia: Diamantina
Andamos,subindo e descendo as ruas "quase-morrentas",calçadas com pedras de todos os tamanhos e formatos.
Tomamos caldos famosos no Caipirão e ouvimos os seresteiros na noite fria.
Percorremos o Beco,entrando nas lojinhas e comprando lembranças para pessoas queridas.
Fomos ao mercado municipal e conhecemos "ora-pro-nobis",que é colocado no frango ensopado( Carlos Henrique ia adorar!).
Assistimos,numa noite gelada( menos de dez graus),sentadas no final da praça central, à Vesperata: em diversas sacadas e janelas dos coloridos casarões,tocadores de flauta,trombone,saxofone,violão e outros instrumentos de banda,eram regidos por dois maestros.
As músicas ressoavam alegres e as pessoas cantavam e dançavam.
Extasiamo-nos, no domingo pela manhã, na Igreja do Rosário, com Arte Miúda:crianças e adolescentes de todas as classes sociais nos fizeram arrepiar com as músicas folclóricas. E o povo fazia coro: " como pode o peixe vivo viver fora d'agua fria....como poderei viver sem a sua companhia."Ponto alto de toda a viagem,nos fez refletir sobre a possibilidade da divinização de alguns seres humanos através da Arte.
Descobrimos uma "tratoria" com um italiano charmoso que faz macarrão ao molho de jabuticaba: inacreditável!
Arrependi-me de não ter saboreado a tranquilidade das ruas desertas,na quase madrugada,quando voltávamos para "a pousada dos cristais".( eu senti medo).
Entrei no ônibus às 14 horas,junto com os colegas de excursão e me lembrei da pergunta: " a coragem traz a felicidade?" Traz sim! Eu venci meu medo: minha pressão ainda não está estabilizada e me senti insegura.Mas agarrei na mão da Creusa e na mão de Deus e me lancei!A recompensa: uma viagem feliz!E um desejo: voltar com meus filhos,norinhas.E Yuri, neto amado!
Junho de 2008