BRIDA
 
 
Já depois de algum tempo e talvez por estar lendo um livro de Paulo Coelho é que volto um pouco ao passado, e me deparo mediante uma cena que pra mim não deveria jamais ser esquecer. Aquela cena se passara numa tarde de verão e aquela mulher que tanto me fascinara, que mexera tanto comigo, naquela cena a qualquer momento para sempre vai continuar presente.

Ela por muito era apenas uma balzaquiana linda que certamente chamaria a atenção de qualquer homem, por onde ela simplesmente passasse. Uma mulher, tipicamente brasileira, de cabelos um pouco curtos e negros, e olhos esverdeados, pele morena e macia, boca e seios fartos que me enlouqueciam, mãos  a procura de dar e receber caricias,   assim ela se prestava, Brida, nome fictício que dou a esta fenomenal monumento chamado, mulher. E por estar no momento lendo um dos tantos livros de Paulo Colho.

Nossas vontades se misturavam a loucos desejos, e queríamos mais e mais. Éramos naqueles instantes como dois adolescentes saindo em fuga de seus colégios e indo para alguma das tantas partes deste imenso litoral. Brincávamos, e cada vez mais, procurávamos nos descobrir.

Nossos pensamentos nos guiavam, e nos levavam muito mais de alguma cena que o cheiro de sedução e amor, que pairava no ar. O desejo de só mesmo ver a sua frente uma entrega total.


Mas como tudo que é bom, dura pouco, de um momento para o outro , como se fosse cortado aquela cena por um fio de navalha, ou coisa assim. Voltei ao livro de Paulo, e comecei a viajar por vários caminhos jamais imaginados e que até aquele momento não os tinha conhecido, e só por estar lendo aquele livro recordei, Brida.