Nunca se sabe, nunca se sabe!
Já estavam desconfiados por semanas que o rapaz que havia recém entrado na empresa tinha um jeito estranho, como se fosse um...
- Psicopata ou aqueles seriais killers que vemos nos filmes.
- Agora você apelou Geraldo. Serial Killer? Por favor. Vai ver é o estilo do cara ser assim.
- Estilo? Um homem que tem olhos vermelhos e não conversa com ninguém não é normal.
- É melhor vocês pararem com essa paranóia. O rapaz pode estar enfrentando problemas em casa, só isso.
E essa dúvida persistiu por um bom tempo.
- Já ouviram falar do Jack, o estripador?
- Pelo amor de Deus Geraldo. Esse nosso colega não é o Jack, ainda mais porque faz séculos que ele morreu.
- Nunca se sabe, nunca se sabe. Aliás, poderiam responder esse teste para mim?
- Que teste?
- Esse, olhem.
E entregou um bilhete para os amigos, contendo um caso de assassinato e perguntando a solução dele.
- É para saber o grau de psicopacidade que vocês tem.
- Aí já é demais. Achar que nós também somos psicopatas.
- Como eu disse, nunca se sabe. Vou jogar a folha para o nosso amigo responder. Veremos no que vai dar.
- Vai dar é um soco na sua cara, isso sim.
No outro dia o funcionário havia sido mandado embora. Ninguém comentava a saída dele. O teste respondido estava na mesa do Geraldo, com uma anotação:
"Me descobriu"
- Eu disse, nunca se sabe quem trabalha ao seu lado.