Banho resolve ou atrapalha?

Houve um caso engraçado na família. Eu ainda nem era nascida, mas a história sempre repetida nos diverte. Um dia, uma tia começou a se coçar e não parava mais. Tomava vários banhos pra aliviar. Com a pele já ferida, foi ao médico. Sarna, diagnosticou o doutor. E como tratamento, recomendou que parasse de tomar banho. Um a cada dois ou três dias seria o ideal. Ela quase morreu do coração! Não seguiu a recomendação, arranjou outros meios para se curar.

Em contrapartida, quase um século depois, um francês que por aqui estava, e que de cavalos muito gostava, foi num fim-de-semana fazer uma cavalgada. Era meu colega, e na segunda-feira, lá no colégio, não parava de se coçar. Todo mundo ficou intrigado, até que ele mostrou a perna. Cheinha de carrapatos! E pediu ajuda logo pra mim! Não era o caso de levá-lo pro hospital, já imaginou? Tentei, por telefone, falar com algum médico, mas só encontrei um amigo veterinário, que de bichos tudo entendia. Ele mandou, então, que o homem pulverizasse neocid em cada um dos bichinhos. E que tomasse muitos banhos, naquele e nos dias seguintes. Ouvindo a recomendação, o francês fez cara de quem comeu e não gostou. Nós todos rimos. Certamente sua repulsa não foi por causa do neocid...