LADRÃO DE GALINHAS
Vinha de uma viagem estressante e enfadonha quando um guarda de trânsito daqueles, que se passar em frente a uma bandeira do Brasil canta o hino nacional, me para e diz:
- Documentos, por favor.
- Pois não seu guarda, aqui...
- Desça do carro, por favor...
Após revistar todo o carro o infeliz encontra meu not book e me pergunta se tenho a nota fiscal dele. Eu digo que não. Ele então suspeita que seja contrabando, roubo ou coisa do tipo, me autua e apreende meu precioso objeto sem o qual não estaria escrevendo este texto e xingando aquele filho da mãe. Dizendo que se eu der cenzinho pra ele, o meliante me liberava.
Começo uma discussão grande com ele e pergunto:
- Ô... senhor guarda “corretinho”, por favor, me mostre a nota fiscal do seu relógio, seu celular, e do seu revólver...
Pois não é que o infeliz tinha tudo numa pasta dentro do carro. Então eu disse: agora pego ele!
- Me mostre então o cupom fiscal desse chiclete que mascas.
Ele não tinha, claro. Perguntei:
- Portanto, de qual bomboniére o senhor o roubou? Algeme-se.
Ele cuspiu o chiclete na minha cara, dei-lhe um soco no meio de seu nariz e começamos a nos digladiar numa luta horrível, pois só eu batia. Até que chegou reforço policial: mais três trogloditas, me espancaram e me levaram preso...
Moral da estória: não posso ser preso por um crime que não cometi, mas por espancar um ladrão, posso! Ladrão que bate em ladrão tem cem anos de perdão...
... Em terra que ladrão manda a vítima sempre será ele mesmo!