___VOCÊ TEM PREÇO?QUAL É O SEU VALOR?____
Meu avô sempre dizia o que uma mão faz a outra não precisa ficar sabendo,mas hoje eu vou mostrar , porque eu acho que já vivemos em uma sociedade tão mascarada.Somos prisioneiros dentro de nossas casas,dentro de nós mesmos.
Vivemos no meio de pessoas que mais parecem cobras peçonhentas, as cobras que não se sintam ofendidas pela comparação, mas existem pessoas, que não tem nenhum remorso em usar sentimentos, dos outros, brincar com algo que para mim é sagrado, seja de um sorriso a uma lagrima, seja de um beijo ou um abraço, seja de um eu te adoro, ou obrigada por você existir.Não generalizo, mas convivemos, é a realidade, e quando se descobre isso, eu me pergunto, qual é o meu valor?qual é o valor desse ser humano que me enganou, sem que eu percebesse?.Que sentença eu daria a ela? Eu daria a melhor sentença que se pode dar a um inimigo, sim a MORTE.
Mas não a morte física, mas a sentimental, matar o que ela significa dentro de mim, é como uma planta, se você para de regar ela vai morrer,assim são os sentimentos, vingue-se de seus inimigos perdoando-os, caso contrario dormira com ele todas as noites.
Algumas pessoas são assim, mas não vou dizer que elas são dignas de pena ou coisa do tipo, porque dignidade é uma palavra de um significado muito profundo ao meus olhos,e não é de minha índole julgar ninguém, até mesmo , porque se eu julgar em algum momento eu tambem serei condenada.
Hoje um fato inédito aconteceu, eu passar pela rua um rapaz aparentando uns 35 anos me chamou:O tia da um dinheiro ai para eu comprar uma coisa para eu comer.
Pensei não me lembro de ter um sobrinho nessa idade, seria até impossível uma vez que eu sou a mais velha de quatro irmãos, ai vi pelo lado da coisa, ele esta me chamando de coroa, e panela velha é quem faz comida boa, opa! Estou bem na fita.
Eu disse a ele:Olha só moço, dinheiro eu ate tenho, mas não é muito não, na verdade eu vou tomar um café, se o senhor quiser ir comigo, será uma honra, ele topou.Caminhei com ele que ate a padaria de nome aqui da cidade e quando fui entrar eu passei, e quando foi a vez dele o segurança me barrou, e eu olhei para trás, e ele não deixou o moço entrar, será que era porque ele estava com as roupas sujas?cabelos despenteados? Barba por fazer?.
Eu voltei e disse:Pode deixar ele entrar, pois esta comigo.O segurança disse que ele não poderia entrar, algumas pessoas olhavam para mim de lado, e eu disse:
Porque ele não pode entrar?
E antes que ele me respondesse eu disse:
O que te faz pensar que você é melhor do que ele?
O seu emprego? Que hoje é seu mas eo amanha?quem sabe ele pode te estender as mãos.
Seria a sua educação?A escola da vida tem duras leis você sabia moço?
Seria o mal cheiro que vem dele? Ou a podridão de seu orgulho que contamina o ambiente?
Seria as roupas?Elas se perdem , pois a mesma terra que sustenta nossos pés será a mesma que irá nos engolir.
Mas aproveite a sua diferença, porque um dia seremos todos iguais independente de cor, raça, religião, status financeiro.
Pense nenhum dia é igual ao outro, e sai e disse ao moço:
Vamos moço vamos sair daqui realmente esse aqui ao é um bom lugar para se tomar um café.
Esse senhor não merece a nossa companhia. Peguei ele pelo braço e sai, com muita raiva, mas garanto que aquele segurança não vai se esquecer de mim.
Fomos a uma outra lanchonete, peguei um pastel e um caldo de cana o café bem, eu perguntei a ele o seu nome, se chamava Danilo, tinha 38 anos, e morava na rua desde os 18.
Ai eu me pergunto, qual é o valor de um ser humano? Como ele é valorizado? Pelas roupas que veste?ou o seu valor está naquilo que ele carrega, dentro do corpo, mas que quase ninguém enxerga?.
Eu espero um dia poder reencontrar Danilo, eu infelizmente não pude ficar mais tempo desfrutando de sua historia de vida, porque um compromisso me aguardava e eu realmente não poderia faltar, mas o valor que obtive com meu compromisso de trabalho, não era nada perto do valor que tive ao conhecer o Danilo.
O valor de um ser humano aos meus olhos, não está naquilo que meus olhos vêem, mas na essência que a alma esconde.
(Fernanda Maia Oliver)