Há Gosto II

Já há neblina em torno da lua, bem queria sair alguns dias, passear ao sol, ficar à toa na rua e esquecer de noites tão frias .

Resguardo-me em raiz, preparando as flores do porvir, mas treme em branco a folha sem versos, enquanto as mãos ocupam-se do chá.

A previsão é de mais chuvas meus amigos e, eu não tenho mais um cão a esperar-me com a alegria que faz esquecer que agosto é chegado. Foi no dia quatro, de um agosto que, sem gosto, meu pai se foi, deixando vazia minha boca de palavras e a chapa do fogão...

Eram bons tempos aqueles de inverno, retornávamos da viagem de férias e ele reunia amigos na cozinha de fora onde havia o fogão rústico à lenha , para vinho, estórias, risadas e cozido de peixes. Enfiava-me entre eles, como mais uma mascote , fazia de tudo para penetrar as reuniões, xeretar as conversas instigantes que versavam sobre os mais diversos assuntos.

Tudo era quente e incrivelmente vivo naquela casa, quando era ainda criança; No jardim enorme, os bancos ao sol, as frutíferas, o telhado pelo qual adora passear... Havia também um gato vagabundo de pelo listrado, ou era uma gata? Como o cão pareceu e foi ficando ganhando nossa admiração.

Vai chover e, não quero molhar os pés nas poças de ausências, desejo um amanhã com o sorriso dos tempos de sopa de peixe e pão quentes e, se possível, um livro de estória para colorir e acordar as sementes do amanhã.

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ler ouvindo Memory do musical Cats

Composição: Barry Manilow

Daylight

See the dew on the sunflower

And a rose that is fading

Roses whither away

Like the sunflower

I yearn to turn my face to the dawn

I am waiting for the day . . .

Midnight

Not a sound from the pavement

Has the moon lost her memory?

She is smiling alone

In the lamplight

The withered leaves collect at my feet

And the wind begins to moan

Memory

All alone in the moonlight

I can smile at the old days

I was beautiful then

I remember the time I knew what happiness was

Let the memory live again

Every streetlamp

Seems to beat a fatalistic warning

Someone mutters

And the streetlamp gutters

And soon it will be morning

Daylight

I must wait for the sunrise

I must think of a new life

And I musn't give in

When the dawn comes

Tonight will be a memory too

And a new day will begin

Burnt out ends of smoky days

The stale cold smell of morning

The streetlamp dies, another night is over

Another day is dawning

Touch me

It's so easy to leave me

All alone with the memory

Of my days in the sun

If you touch me

You'll understand what happiness is

Look

A new day has begun

Memória

Luz do dia

Veja o orvalho no girassol

E a rosa que se desvanesce

Rosas murcham a toa

Como o girassol

Eu anseio girar rmeu rosto para o alvorecer

Estou esperando o dia.

Meia-noite

Nenhum som do pavimento

A lua perdeu sua memória ?

Ela esta sorrindo sozinha

Na luz da lâmpada

As folhas murchas aos meus pés

E o vento começa a gemer

Memória

Tão sozinha no luar

Eu posso rir dos antigos dias

Eu ainda era bela

Eu me lembro dos tempos que sabia o que era felicidade

Deixe a memória viver novamente

Toda luz de rua

Parece piscar avisando

Alguém resmunga

E a luz de rua apaga

Logo será manhã

Luz do dia

Eu tenho que esperar pelo raiar do sol

Eu tenho que pensar em uma nova vida

E eu não devo desistir

Quando amanhecer

Essa noite também será uma memória

E um novo dia começará

Acabam as queimaduras de esfumaçados dias

O velho frio cheiro da manhã

A luz da rua apaga, outro noite termina

Outro dia amanhece

Toque-me

É tão fácil deixar-me

Tão sozinha com a memória

Dos meus dia de sol

Se tocar-me

Você entenderá o que felicidade é

Olhe

Um novo dia já começou

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 31/07/2009
Reeditado em 31/07/2009
Código do texto: T1730386
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