QUEM FERE AOS MEUS, FERE A MIM

Hoje uma dor profunda me levou ao desabafo dessas linhas. É certo que todos nós temos um ponto fraco, o dito “calcanhar de Aquiles” e o meu, sem dúvida, é a família.

Não sou muito afetuosa com gestos ou palavras, embora possa dizer que tenho um sentimento intenso no que se refere ao meu núcleo familiar. Mesmo que não diga ou não demonstre aos meus entes queridos o quanto eu os amo, tenho certeza de que eles sentem o tanto de minha estima por eles. Moro só, razão pela qual aprendi a me virar sozinha para muitas coisas. Quando vivemos na nossa própria companhia, adquirimos hábitos e esquisitices tão peculiares de cada personalidade, porém essas manias não nos afastam dos valores aprendidos durante nosso desenvolvimento, nem enfraquecem nossos laços afetivos. Mesmo só, jamais me afasto dos meus familiares, quer seja através de um simples telefonema para dizer “oi!”, quer seja com uma breve visita para saber se está tudo bem ou se precisam de alguma coisa.

Assim, posso dizer que minha maneira de demonstrar meu amor é me preocupando com a saúde e o bem estar de meus familiares. Mas minha maior bandeira é a defesa daqueles que me são caros. Quem fere aos meus, fere a mim. Não se trata de tomar as dores alheias, mas tão somente de exercitar a empatia e externar o amor que nos faz sair em defesa daqueles que amamos, pois somos frutos da mesma árvore: se somos filhos, somos uma continuação dos pais; se somos pais, confiamos no amor e nos ensinamentos repassados aos filhos. O amor é capaz de gestos dignos, inclusive de abdicarmos de coisas grandiosas quando temos que escolher entre uma coisa e outra. E a minha opção sempre será a mesma: minha família. Mesmo que isso signifique abrir mão de algumas comodidades e vantagens.

Eis aí o meu “calcanhar de Aquiles”. Dizem que não se pode entregar o ouro ao bandido, e se confessar meu amor à família possa ser encarado como fraqueza, então eu sou fraca. Graças a Deus, é essa “fraqueza” que até hoje me fez forte!