O pescador
João Carlos é m pescador, seu pai e seu avô também eram
pescadores. Mora em um pequeno lugarejo nos arredores do rio
Madeira.
Joca, como é chamado por todos, ele é casado com Ana Maria,
Aninha eles tem três filhos: Andreia 4 anos, Paulo 7 anos e Luciano
com 14 anos.
Joca, sai todos as noites para pescar só volta quando o sol já esta
nascendo. E assim todas as noites a rotina se repete.
Até que um dia ele não voltou, Aninha esperou paciente que ele
desse noticias, porém isso não aconteceu. Horas depois vieram avisar
que o barco de Joca teria batido em uma pedra, os pescadores não
conseguiram achá-lo, as buscas foram feitas durante trinta dias, e
nada.
Ana ficou desolada, chorou muito, se desesperou, mais a vida
continua, só que sem Joca. Ana apesar de toda tristeza ergueu a
cabeça, reuniu os filhos e disse agora estamos sós, e vamos à luta.
Luciano, você vai sair com seu padrinho para ajudar e aprender a
pescar, eu também vou lavar roupa para fora. Assim o tempo foi
passando, já faziam dez anos da morte de Joca.
Luciano voltava de uma pescaria, quando viu um mendigo se
afogando, pedindo socorro então se jogou no rio para tentar salvá-lo,
ele estava barbudo, sujo, maltrapilho.
O mendigo agradeceu muito.
Luciano pergunto onde é sua casa, ele respondeu, não tenho casa,
não tenho nome, não sei quem sou.
Senhor, então vamos para minha casa, quem sabe o senhor se
lembrará de alguma coisa, de onde mora, do seu nome. Depois de um
bom banho, barba e cabelos cortados, para a surpresa e espanto de
todos aquele mendigo era Joca, seu pai.
Quando caiu, bateu a cabeça, perdeu a memoria, ficou vagando pelos
lugarejos, pedindo esmolas, sempre contando com a boa fé de todos.
Agora recebendo o carinho e atenção da família, foi aos poucos
recuperando a memoria, e hoje todos vivem muito felizes.