Fazer, odiar e fazer de novo
Fazer, odiar e fazer de novo
Exatamente agora, estou empacado nos três primeiros e longos parágrafos de um conto de terror. Fui motivado por um elogio, depositado junto a um conto meu que não mais me agrada, mas muito está-está me dizendo sobre o que não repetir.
Imagino que quando eu terminar tudo que - creio eu - sairá de minha cabeça para completar o conto, este sim será minha obra-prima... Pelo menos até eu relê-lo pela primeira vez e passar a odiá-lo, enxergando o quanto ele poderá estar errado, sem sal nem nexo, para então não repetir - ou pelo menos tentar - tais pontos negativos sobre minha escrita.
Dia após dia... Ou melhor, madrugada após madrugada, estarei em busca da inalcancável perfeição.
Ah, sim! À propósito, dessa vez tentarei montar uma história que realmente aterrorize e surpreenda. Fiz até mesmo uma "pesquisa por msn", sondando elementos que mais amedrontam cada um. Daí deve sair alguma coisa.
Enfim, não poderei pisar sobre o último degrau da satisfação - que, creio eu, não suporta meu peso, fazendo-me voltar ao início - sem antes recauchutar o degraus anteriores, frágeis e quebradiços, sempre precisando de uma manutenção.
Pensando bem, tais observações formariam uma crônica razoável... Pelo menos até que eu a releia e odeie...