ENSAIOS

 
E assim logo depois de ler algum dos seus tantos livros, de tê-lo sempre sobre o leito e abaixo do meu travesseiro, algumas das suas peças, eu ali mesmo mais uma vez os lia.

Mas naquela noite, eu simplesmente adormeci por algum tempo até quando pela primeira vez sonhei com aquele amigo que por muito chamava a todos que com ele certamente em seus ensaios estavam.


Não era nenhum cafajeste, tampouco daqueles, bonachão. Mas por muito gostava de brincar e de beber sempre umas e outras, ele não media esforços para tirar algum do bolso e pagar toda consumação. Pra este sempre fora um prazer fazer isto.

Além do mais ele sempre fora aquele que gostava de contar algumas piadas e de lambuja para completar os seus melhores contos que era; o que mais queria ele fazer sempre em torno da questão de pedir para aqueles que o acompanhavam; recitar um poema de amor, ou mesmo algum que falasse tão somente de solidão.

E assim por muito tempo lhe acompanhei, entendi que ele com aquele jeito brejeiro, e eu como aquele que busca estar na beira do cais quase o ano inteiro se parecia dois irmãos. Ele escrevia roteiros para rádio, cinema, e televisão.

Mas simplesmente às vezes esquecia que o mesmo não se permitia ser um daqueles que são os bambambãs do teatro.  

E hoje ele vive lá no céu bem pertinho de Nosso Senhor. E eu morrendo de saudades escrevo um pouco das tantas historias que ele pra mim sempre ao arrebol de um dia simplesmente contou.