Foi no feriado prolongado. Litoral paulista... Itanhaém! Chuva aos baldes caindo em cima de nós... A casa acolhedora com duas famílias...Minha filha, o marido a filhinha e nós quatro...

Sexta-feira... com chuva. Improvisamos várias brincadeiras, jogos, televisão, vídeo gueime... A noite saímos... com chuva.

Sábado...a esperança de sol, diminui...A netinha começou ficar impaciente. Queria “paia”, me leva Pa paia, vovó!” Praia e chuva não combina, mas mesmo assim, a levamos para ver a praia e o mar...de guarda-chuva, mesmo...Satisfeita ela percebeu que não dava mesmo para ir na água, muito fria...muito vento...pode ficar doente...Todas as enganações nós lançamos mão até que ela sossegou.

Domingo...Para São Pedro não perder o hábito, mandou água de novo...desde cedo. Fomos fazer as compras para o almoço pois voltaríamos naquele dia bem a tarde...Lavamos a louça, arrumamos tudo e, fomo nos sentar no pequeno terraço... ver a...Isso mesmo! Acertou! A chuva! E o que aconteceu?

Todos instalados em suas cadeiras, rede, conversando e rindo do mico que estávamos pagando lá no litoral...mas, se fomos, vamos tirar o que for bom de tudo. E foi o que fizemos. Levamos na esportiva...Conversamos com a vizinha da frente, ela passou pro nosso lado...Café, leite quente, bolachas...

Mas, em dado momento, Maria Júlia Carolina... quis pesscar...”vamu, pisscá, pissinhoss, vovozinho?” “Não minha netinha...olha a chuva...! “ Vamu vovozinho, pisca pissinhoss...” E insiste, chora!! Sinal de cansaço, de enfado.
Em dado momento, o vovô se levanta. Vai pra dentro e volta com vara e anzol na mão. Minha filha: “ Pirou”? A Maria não vai, não! “Quem disse que vou sair daqui?” Ninguém entendeu. A vizinha ficou olhando e disse que ele só ia arrumar as coisas dele...
 
Para surpresa de todos ele armou a vara de pesca e chamou a Mariinha pra...Pes-car!!! Onde? Ali! Ela começou a pular de alegria. Parou o choro e foi pro colo do vovô. A Solange, a vizinha, quase caiu da cadeira de tanto rir da situação...

O vovô, com a neta sentada no colo, esticando a vara e jogando no rio...com peixinhos vermelhos, dourados, azuis... prateados, de todas as cores e, ela feliz.” O pissinho, vovozinho...ão!” “É mesmo! Que cor?” “Esse é amalelo!” Os que passavam de carro de divertiam com a situação. Que vontade de pescar tem aquele homem! E o vovô feliz de ver a neta pescando...

E a pescaria foi pela tarde a dentro até a hora de arrumar a malas e voltarmos. Maria Júlia Carolina teve a alegria de pescar numa poça de água na frente de casa que para ela virou rio ou mar...Não foi preciso brigar com ela, nem ninguém ficar chateado graças a imaginação do vovozinho dela. Ele foi criativo, foi infantil, foi... e é, um avô excepcional...A chuva nesse dia foi só um mero detalhe...


MVA
Enviado por MVA em 30/07/2009
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