Sonhos e estrelas
Olhava pro céu
e imaginava um jeito
de pegar aquelas coisinhas brilhantes
prá enfeitar o caderno.
Puxou a cadeira e subiu.
Estendeu as mãozinhas prá cima e...
catapimba !
Não chorou.
Não era dada à chorar
por qualquer besteirinha.
Apenas se aninhou no colo da avó,
que isso curava tudo quanto é dor.
E no sacolejo e quenturinha
daquele terno abraço, resolveu:
teria paciência;
esperaria crescer primeiro,
ficar do tamanho da mãe.
Aí sim, poderia pegar
todas os brilhos do céu !
Não iria desistir nunca !
Começou daí, a aprender
um pouco sobre dores
de quem quer um dia,
alcançar sonhos e estrelas.