DIZ O DITO POPULAR
PARA CADA CABEÇA UMA SENTENÇA?
Não tem umas horas que a gente age movido por um certo automatismo? Aqueles do tipo lei de ação e reação e só depois é que acionamos a racionalidade para medir o que fizemos ou o que falamos? Acontece com você, leitor? Comigo é direto e reto. “Escreveu, não leu, o pau comeu.” Ou então , “bateu, levou.” Agora, quando a situação dá um sinal antecipado e o pensamento capta, aí eu ajo que nem aquele ditado que diz que “prudência e canja de galinha não fazem mal algum.”
Pensando sobre as máximas populares vejo o tanto de possibilidades que há para se atingir o equilíbrio do pensamento que guiará a ação efetiva em tudo aquilo que fazemos.
Um axioma interpretado ao pé da letra pode levar a uma racionalidade dogmática, bem como uma ação puramente movida por razões emocionais impensadas e o resultado será sempre uma reação contrária e/ou inversa do desejado por nós.
“Aquilo que é combinado não é caro.” Se levado ao pé da letra, podemos dizer que todo pacto será cumprido a contento pelas partes que o estabeleceram, o que não é bem assim, levando-se em conta as subjetividades das partes. Aqui pode entrar um senso de oportunismo, uma falta de generosidade, complicando a justeza do que foi tratado. Mas serve de parâmetro para julgamentos que porventura venham a ser necessários num desacordo.
“Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és” é o cúmulo do desprezo pela autodeterminação do sujeito, de sua capacidade de discernimento. Nem que as más companhias sejam única companhia desse sujeito.
As máximas só servem para explicitar a necessidade que temos de buscar equilíbrio na vida, mesmo que nossas ações não correspondam. Como é o caso do “faça o que mando mas não faça o que eu faço.” “Ou manda quem pode e obedece quem tem juízo.”