Ainda bem que pagamos impostos 2

Mais um capitulo da velha saga brasileira de pagar “bitributação” por tudo. Desta vez precisei de atendimento médico na cidade de Gravataí – RS, mas, mesmo exemplo próprio, serve para as maiores capitais, ou vilarejos recônditos deste imenso país sem lei, calcado na esperança de futuro, que fica sempre no amanhã.

Era uma gripe comum, que se estendeu em febre por mais de uma semana, resolvi buscar um atendimento médico após o expediente. Cerca de dezenove horas dirigi-me à uma clinica particular para usufruir do plano de saúde, terceira tarifa que preciso pagar para ter direito a tratamento médico, que na lei me é assegurado. Depois de duas horas e meia, sou atendido pelo pediatra da clínica, que não tem um clínico geral neste horário, apesar de vangloriar-se de ter atendimento emergencial até às 24 horas, e ser alertado que precisava fazer um exame mais detalhado em Raio-X, mas que naquele horário, naquela clínica, o plano não cobria. Só restava uma saída, dirigir-me a um hospital público, para usufruir dos impostos pagos ao ineficiente governo, chego a única clínica pública existente nesta cidade, eram vinte duas horas e treze minutos, mas resolvi ir ao setor dos convênios, onde me informaram que dentro de uma hora seria atendido.

Na sala de espera da recepção, um homem ensangüentado, pedia pelo amor de Deus que o atendessem, estava ali há horas, tinha sido atropelado, estava com várias escoriações pelo corpo, e o atendimento omisso. Depois de quase uma hora passamos à outra sala, para uma espécie de triagem, e nos encaminharam à outra sala de espera. Só seriamos atendidos por volta de uma e meia da madrugada, por um médico residente que se desdobrava entre os atendimentos pelo SUS e os do convênio.

Foram feitos alguns exames, que precisaram de mais duas horas para ficar pronto, sorte da natureza nada de mais grave, só de repouso e uns remédios e logo estaremos arribados, para pagar impostos para a saúde, impostos de outras fontes, que dizem ser para a saúde, e ainda pagar altas taxas dos convênios, para na maioria das vezes, nem representa nada, diante de um governo mentecapto, em todas as esferas, que nem para vigiar serve, já que atuar não há competência ou vontade.

J B Ziegler
Enviado por J B Ziegler em 30/07/2009
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